Sem garantia de projeto no SportsCar, Penske libera Castroneves para negociar volta à Indy

Com o encerramento do programa da Penske no SportsCar ao fim de 2020, Helio Castroneves foi liberado para negociar seu futuro com outras equipes. O GRANDE PRÊMIO apurou que o brasileiro ainda vai conversar em particular com o chefe Roger Penske

Com a parceria entre Penske e Acura no SportsCar terminando ao final da temporada de 2020, os pilotos da equipe já foram informados que podem procurar outros lugares para correr em 2021. Além de Juan Pablo Montoya, Dane Cameron e Ricky Taylor, o brasileiro Helio Castroneves procura por vagas após 20 anos de uma das parcerias mais vitoriosas do automobilismo norte-americano, com foco, é claro, no retorno ao grid da Indy em tempo integral.

O GRANDE PRÊMIO apurou que Roger Penske reuniu todos os pilotos do projeto do SportsCar pra comunicar o impasse em relação ao futuro na categoria. É que a Acura buscava diminuir o orçamento da operação com a Penske e ter um terceiro carro. Penske ofereceu, então, ter um terceiro carro desde que o preço aumentasse, mas avisou que queria exclusividade com a marca.

Em um cenário que projeta queda substancial nos valores dos patrocínios para 2021, Penske resolveu rever a operação, afinal, a prioridade do grupo está na Indy e no IMS, que Roger adquiriu controle no final de 2019. A aliança com Acura e Honda ia além dos esportes, também no campo dos negócios.

A Penske ainda não desistiu do SportsCar, mas só vai continuar por lá caso faça sentido comercialmente. Assim, na conversa, Penske liberou os quatro pilotos para negociarem seus futuros. Nenhum deles foi demitido ou descartado da equipe, mas o quarteto recebeu uma permissão para que conversem e negociem por não haver certeza alguma de que a operação vai ser mantida para o ano que vem.

Roger Penske e Helio Castroneves: uma parceria de décadas (Foto: IndyCar)

Atualmente com 45 anos, Castroneves nunca escondeu que aceitou contrariado sua saída da Indy e só se manteve na Penske e com o projeto na categoria de protótipos por uma relação de lealdade com o chefe. Agora, 20 anos depois do início da parceria, tem carta branca para buscar um retorno à Indy.

“Serei honesto. Estou procurando, quero voltar. Estou aberto a negócios. Sei que estou com a Penske há 20 anos e sou grato por todo este tempo juntos, mas eles me deram bandeira verde para procurar por vagas”, disse o brasileiro ao site norte-americano Motorsport.com.

Em três temporadas pela Penske no IMSA, Castroneves venceu duas corridas ao lado de Taylor, a última delas no último domingo (2), em Elkhart Lake. O piloto retorna à Indy para uma participação nas 500 Milhas de Indianápolis, no próximo dia 23, no programa da equipe que também conta com os titulares Josef Newgarden, Simon Pagenaud e Will Power.

“Uma equipe diferente será um novo desafio, mas eu penso que ainda posso somar muito. Aprendi muito com a Penske, minha ética de trabalho está aqui, e acho que sigo pilotando tão bem quanto antes. Se o próximo time for experiente, sinto que ainda posso somar ao que eles já tiverem. Se for uma equipe jovem posso somar também, porque já sei como estas coisas são feitas pelos melhores”, completou Castroneves, que guiou na Indy pela Penske entre 2000 e 2017.

A McLaren chegou a considerá-lo no ano passado, mas o próprio Zak Brown, chefão do time, não achou pertinente negociar com o brasileiro também por consideração a Roger Penske. Helio ainda espera uma conversa particular com Penske para falar do futuro.

Paddockast #72 | OS CARROS MAIS DOMINANTES DA HISTÓRIA DA F1
Ouça também: PODCASTS APPLE | ANDROID | PLAYERFM

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Indy direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.