Texas tem tudo que uma grande corrida pode oferecer. Mas também tem pilotos passando do ponto

A etapa do Texas foi uma das mais loucas dos últimos tempos na Indy e teve apenas oito carros cruzando a linha final. Se por um lado a corrida teve grandes manobras e muitas disputas interessantes, também viu alguns pilotos passarem do ponto e provocarem acidentes que deveriam ser evitados

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A etapa do Texas teve de tudo. Cheia de ultrapassagens, grandes disputas e belas manobras, a corrida teve seu copo cheio, mas também seu copo vazio, afinal, não é das melhores coisas do mundo para um fã de automobilismo ver apenas oito carros cruzando a linha final.

 
O número tão pequeno de carros completando a corrida se deve a dois fatores que acabam convergindo: o primeiro é a pilotagem excessivamente agressiva que alguns pilotos adotam durante o ano todo e o segundo é o alto grau de dificuldade do oval texano. Ou seja, atenuando o que já acontecera em 2016, ficou evidente que, para as próximas temporadas, a postura de boa parte do grid vai precisar mudar na prova do Texas.
 
A grande questão é tornar a etapa equilibrada. É claro que a prova naturalmente vai ter mais abandonos que a média, mas 14 é um número muito alto e que, obviamente, acaba jogando contra uma corrida que teve emoção até seus instantes derradeiros. 
Will Power, Tony Kanaan e Simon Pagenaud cruzam linha de chegada no Texas (Foto: AFP)
Teve, é claro, quem não viu maiores problemas. Pelo contrário, se empolgou com a corrida da noite do sábado em Fort Worth. Ed Jones, um dos acertados no 'big-one' causado pelo toque de Tony Kanaan e James Hinchcliffe, por exemplo, afirmou que foi a prova em que mais se divertiu em sua ainda curta carreira na Indy.
 
Talvez os maiores contrapontos apareçam nos discursos de Ryan Hunter-Reay e Mikhail Aleshin. Se basicamente o grid todo foi unânime ao apontar os excessos da prova, os dois, também envolvidos no 'big-one', foram os mais ríspidos. O americano afirmou que não confia em boa parte do grid, enquanto o russo chamou de "estúpida" a forma como a corrida das duas Schmidt Peterson acabou.
 
"Estava disputando com o Kanaan e ele tinha muito espaço à esquerda, mas ele acabou vindo para a direita. Se você olhar o replay, ele vem por todo o caminho pela linha branca pelo meio da pista de corrida, apenas me fez beliscar o Mikhail. Ou os spotters dele não contaram para ele que éramos em três na largura ou o que? Mas eu não pude ir a lugar algum, fui prensado no meio. Não esperava que ele fosse fazer isso. Tony tem mais experiência nesse tipo de corrida do que qualquer um. Fiquei roda com roda com ele ano passado, não sei o motivo, mas ele não estava guiando de forma justa hoje. Vários bons carros foram tirados da corrida por causa disso, só fico mais tranquilo porque todos estão bem", disse Hinchcliffe depois da prova.
 

Muito criticado por Hinchcliffe e outros pilotos que se envolveram no incidente, Tony acabou punido pela direção de prova com 20 segundos parado nos boxes, o que lhe custou duas voltas de atraso em relação aos líderes. O brasileiro ainda se recuperou e fechou em segundo, mas pediu desculpas ao canadense depois da corrida, assumindo o erro.
 
"Foi uma noite complicada, muito intensa da primeira até a última volta. Vou me desculpar com o Hinchcliffe pelo que aconteceu. Fui muito para cima ali. Pagamos o preço, fui punido, mas ainda cheguei em segundo. Foi uma prova insana. Muitas coisas aconteceram e você precisa fugir delas para terminar. Não vou mentir, estou aliviado por ter terminado", comentou.

Outro incidente que causou grande repercussão foi o entre Takuma Sato e Scott Dixon, já nas voltas finais e que fez com que a corrida acabasse sob bandeira amarela. Extremamente irritado como poucas vezes se vê na categoria, o neozelandês deixou a pista sem falar e manteve a postura para o restante da noite. Simon Pagenaud, terceiro colocado e um dos mais cautelosos da pista, ficou do lado de Dixon.

"Eu não gosto de bater em ninguém, mas o Sato estava fora de controle hoje. Foi uma corrida muito apertada, então nós tratamos de tentar escapar da confusão o tempo todo. Eu e o Power trabalhamos bem juntos e tivemos sucesso em escapar do tumulto, apesar daquele final louco, com todo mundo muito próximo", falou.

Alheio a praticamente todos os tipos de confusão, Power tratou de agradecer a Penske, a Chevrolet, e revelou a sensação de alívio que sentiu quando Dixon deixou a disputa pela vitória.

"Foi uma corrida muito intensa. Eu conseguia ver o Dixon me passando ali no final da corrida, então eu já estava com o final da prova na cabeça, planejando como iria escapar do ataque derradeiro dele. Meu time fez um trabalho fenomenal nos boxes, estou muito feliz. Hoje também tivemos uma demonstração de força incrível dos motores Chevrolet, estou muito satisfeito e feliz com tudo", disse.

Grande acidente envolvendo 8 carros paralisou a etapa da Indy no Texas (Foto: Reprodução/Twitter)
Helio Castroneves foi outro que passou longe do tumulto do pelotão, mas acabou abandonando em um incidente solitário. O brasileiro teve um problema no pneu e acabou dando uma pancada forte.
 
"Estou bem. Parece que eu bebi muito, mas não", riu o brasileiro. "Infelizmente, senti uma vibração quatro voltas antes do acidente e o pneu dianteiro direito se foi no meio da curva 1 por dentro. Não tinha o que fazer. Foi uma pancada grande. Tenho de agradecer ao time de segurança, mas, principalmente, ao muro de proteção. Eu me lembro quando era tudo de concreto e, sim, machucava bastante", concluiu.

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