Power usa números para defender sequência na Penske: “Posso disputar por mais 5 anos”

Em seu último ano de contrato, Will Power entra na temporada de 2025 da Indy pressionado em mostrar desempenho para continuar na Penske

A temporada de 2025 pode ser a última entre Will Power e Penske. Pressionado com o contrato chegando ao fim, o australiano tem utilizado os números obtidos nos últimos campeonatos da Indy para defender a renovação do acordo.

Power foi o principal desafiante de Álex Palou na temporada 2024 da Indy, porém, as últimas duas corridas não tiveram um desfecho ideal para o representante da Penske. Na penúltima etapa da temporada, o australiano rodou sozinho em Milwaukee, quando poderia descontar bons pontos para o espanhol, que teve problemas com a parte elétrica ainda nas voltas de apresentação e só foi à pista com a corrida em andamento. Na decisão, em Nashville, precisou parar nos boxes após o cinto de segurança se soltar — perdeu algumas voltas até tudo ficar ajustado.

Sempre explosivo, Power entrou em viés de baixa na Penske após o episódio em que a equipe recebeu punições por ter burlado o push-to-pass na etapa de St. Pete de 2024. O GRANDE PRÊMIO soube que o australiano ficou ameaçado de demissão por não ter seguido as diretrizes da equipe, responsabilizando totalmente a estrutura pela fraude que gerou a desclassificação de Josef Newgarden e Scott McLaughlin, bem como a perda de 10 pontos do #12 no campeonato.

Na sequência, a Penske ampliou a parceria técnica com a Foyt, o que estaria por trás da decisão de David Malukas deixar a Meyer Shank e assumir o #4 no time de A.J. Foyt, também de olho na possível vaga que pode ficar em aberto no #12.

Will Power liderou os testes de pré-temporada da Indy (Foto: Indy)

“Eu continuo aqui. Se quiser, posso ser muito competitivo por mais cinco anos”, falou Power durante os testes da Indy em Sebring, realizado na última semana, nos quais terminou como o mais rápido.

“Honestamente, se repetir o desempenho do ano passado… ganhar três corridas na Indy por temporada é algo muito, muito difícil. O campeão levou apenas duas. Vencer três provas é algo difícil e quem conseguir ir é merecedor de um lugar nesse campeonato”, continuou.

Power terá pela primeira vez na carreira uma empresa de agenciamento de carreira. A A14 Management, de Fernando Alonso, foi contratada. Responsável pela operação nos Estados Unidos, Oriol Servià estará próximo do australiano. Na ocasião do anúncio, em janeiro, o representante da Penske destacou o sonho de correr as 24 Horas de Le Mans e que o bicampeão da Fórmula 1 teria contatos para isso. Cerca de 40 dias depois, o #12 justificou a ação para focar somente na pista.

“Não quero pensar em nada que não seja pilotar. Talvez eu deveria ter empresário há muito tempo. No geral, todos os pilotos tem um para poder focar no que precisam”, disse Power.

Will Power (Foto: IndyCar)

Power voltou a defender seu desempenho na Penske ao ser questionado sobre a parceria da equipe com a Verizon, que é a patrocinadora principal do #12 há 16 anos — a mais longeva parceria da categoria. “Ganhei uma Indy 500, alguns campeonatos, muitas corridas e poles. Estive com esses caras e acho que empresas assim [Verizon] querem vencedores”, comentou Power.

O australiano encerrou comentando que espera repetir uma campanha competitiva como foi em 2024, mas endossou que ninguém conseguiu superar o número de vitórias no último ano. Power lembrou que seu companheiro de Penske, Scott McLaughlin, também ganhou três corridas, mas esqueceu de mencionar Pato O’Ward, que repetiu o feito.

“Estou muito determinado para ter um forte 2025. Temos um carro, motor e pacote para fazer isso. A Penske está em um lugar muito bom agora. Vai ser um ano duro, mas é isso que gosto [na Indy]. Amo isso tudo. O objetivo é continuar sendo muito competitivo. Disputar como foi no último ano. Ganhei três vezes e fiz sete pódios. Ninguém fez isso a não ser McLaughlin. Quero continuar no topo”, encerrou Power.

A temporada 2025 da Indy retorna neste final de semana. Entre os dias 28 de fevereiro e 2 de março, a categoria desembarca em São Petesburgo para a etapa que abre o campeonato, no circuito de rua da cidade da Flórida, com cobertura completa do GRANDE PRÊMIO.

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