Projetista da Sauber diz que batida de Pérez inspirou parte do projeto do C32 e considera DRS passivo

Matt Morris, projetista-chefe da Sauber, disse que as grandes novidades do C32 em relação ao seu antecessor estão no sistema de freios, além de entradas laterais de ar mais compactas e de um chassi um pouco mais leve

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Responsável direto pelo projeto do C32, Matt Morris, projetista-chefe da Sauber, falou sobre as semelhanças e diferenças do novo modelo em relação ao bem-sucedido carro de 2012, o C31, que levou a escuderia suíça a quatro pódios e ao sexto lugar no Mundial de Construtores. O britânico tem uma duríssima missão pela frente, afinal, coube a ele entregar um carro que mantenha a Sauber em curva ascendente na temporada 2013.

Morris explicou as grandes mudanças que o novo carro, apresentado neste sábado (2), tem em relação ao seu antecessor, incluindo a possibilidade de que o bólido tenha o sistema de DRS passivo. Entre as outras alterações, está a adoção de sidepods — entradas laterais de ar — mais compactos do que o C31. A explicação para a mudança no conceito da peça foi curiosa. Morris remeteu ao acidente sofrido por Sergio Pérez na classificação do GP de Mônaco de 2011. Na ocasião, o mexicano, hoje na McLaren, perdeu o controle na saída do túnel e bateu com a lateral do C30 no softwall, destruindo o carro.

O Sauber C32 traz mudanças consideráveis em relação ao bem-sucedido C31 (Foto: Getty Images)

“’Checo’ teve um grave acidente em Mônaco há alguns anos. Quando o carro chegou de volta [aos boxes], vimos o sidepod todo esmagado. Então nós pensamos. ‘Nós poderíamos fazer isso?’”, comentou o engenheiro, que, em nome da redução de peso do chassi, reduziu o tamanho dos sidepods em quase 50%.

“Os sidepods são ousados, de design arrojado, mas estamos todos muito confiantes. Um dos nossos grandes desafios foi [encontrar uma forma de] abrigar os radiadores. Como a maioria das coisas na Suíça, entregamos tudo em tempo”, explicou o responsável pelo projeto da Sauber.

Morris também comentou sobre o que o C32 traz de novo e o que nem é tão novo assim. “Nós temos um sistema de freios totalmente novo, nós o testamos no ano passado. Em termos de chassi, essa é uma área em que gastamos muito tempo e esforço para reduzir o peso. Fizemos algumas economias sem comprometer a segurança”, disse. “O escapamento não é muito diferente do que nós terminamos o ano passado, apenas mais reforçado. A asa dianteira é predominantemente a mesma do ano passado”, disse.

O projetista-chefe lembrou que o C32 foi submetido a testes intensos de flexibilidade da asa dianteira. “Uma das pequenas mudanças nas regras é a adição de uma verificação de legalidade na asa dianteira, então gastamos muito tempo mudando a estrutura da asa para ter a certeza que nós fomos aprovados. Isso foi algo que nos custou muito tempo durante o desenvolvimento [do C32] no inverno”.

Sobre o DRS passivo, que deve ser usado por boa parte das equipes nesta temporada, a Sauber inicia sem o dispositivo aerodinâmico, mas considera a possibilidade de adotá-lo ao longo dos testes de inverno, que começarão na próxima terça-feira (5), em Jerez de la Frontera. “O DRS passivo é permitido, então esta é uma área que estamos prestando atenção para o desenvolvimento ao longo dos testes de inverno”, finalizou Morris.

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