De volta à Mitsubishi, Sousa estreia com ASX Racing no Rali Dakar ao lado do compatriota Fiuza

Com quase 30 anos dedicados ao rali e motivação de quem parece estar indo para sua primeira prova, Carlos Sousa tem, em janeiro, um desafio novo em seu vasto currículo: irá disputar o Rali Dakar a bordo do ASX Racing da Equipe Mitsubishi Petrobras, ao lado do navegador português Paulo Fiuza.

 

Nascido em Almada, Portugal, esteve durante muitos anos a bordo de veículos Mitsubishi, período em que conquistou seus maiores feitos, como os quatro títulos no Campeonato Português. Foi também nessa época que alcançou sua melhor posição no Rali Dakar, o quarto lugar na classificação geral.

 

"Receber o convite para fazer parte da Equipe Mitsubishi Petrobras foi um grande prazer. Disse sim logo de cara. Não só pelo Guiga, mas pelo carro e pelo projeto. Será muito bom estar no Rali Dakar com a Mitsubishi, marca onde obtive conquistas importantes e estive por anos. Sem dúvida, contribuiu muito para o que sou hoje e acho que consegui retribuir a confiança que a marca me deu ao longo dos anos”, disse.

 

Carlos Sousa acumula 15 participações no Rali Dakar, com 10 vezes no Top-10, além de três no Top-5. Nesses 15 anos, não completou a prova apenas por duas vezes. Sua última façanha foi a vitória na primeira especial do Dakar de 2014.

Guiga Spinelli, que forma a outra dupla da equipe ao lado do navegador Youssef Haddad, falou do piloto lusitano.

 

"Sem dúvida, o Carlos veio para somar bastante na nossa equipe pela enorme experiência que tem no Dakar, além de uma personalidade muito positiva, profissional e pela excelente performance. É um piloto rápido e seguro", falou.

A primeira experiência com o ASX Racing em uma competição não poderia ter sido melhor. Sousa, ao lado do navegador Paulo Fiuza, foi o campeão do Atacama Rally, disputado no Chile, na mesma região onde o Dakar irá passar em janeiro.

 

O Rally Dakar será entre os dias 3 e 17 de janeiro, com largada e chegada em Buenos Aires. Não é a toa que a prova é considerada uma das mais difíceis e completas. Serão 9.111 km passando por três países: Argentina, Chile e Bolívia.

 

Além de percorrer o Deserto do Atacama, um dos mais desafiadores do mundo, a prova cruza duas vezes a Cordilheira dos Andes, onde a altitude e as baixas temperaturas são os grandes adversários.

 

O penúltimo dia será o mais longo da história, com 1.024 km, entre as cidades de Termas Rio Hondo e Rosario, na Argentina. Mas é na divisa entre Bolívia e Chile que a Equipe Mitsubishi Petrobras enfrentará a maior especial, com 781 quilômetros, de Uyuni até Iquique.

 

"O Dakar é uma prova ingrata, mas pelo que fizemos e pelo que andei, penso que conseguiremos manter os dois ASX Racing entre os dez primeiros. Mas é muito difícil prever alguma, tem muitas equipes novas", afirmou Sousa.