Ducati faz primeiro teste com moto da MotoE em Misano: “Momento extraordinário”
Piloto de testes da marca de Borgo Panigale, Michele Pirro elogiou a V21L e considerou que a moto elétrica tem semelhanças com o protótipo da MotoGP
A Ducati completou o primeiro teste com a moto que está desenvolvendo para a temporada 2022 da Copa do Mundo de MotoE. Batizada como V21L, a moto foi testada em Misano por Michele Pirro, piloto de testes da marca de Borgo Panigale desde 2013.
No próximo ano, além de oito motos na MotoGP, a Ducati passará a ser fornecedora única da MotoE, assumindo o lugar que foi ocupado pela italiana Energica nos três primeiros anos da competição. A novo protótipo é resultado do trabalho conjunto da equipe da Ducati Corse, divisão que é chefiada por Gigi Dall’Igna, e pelos engenheiros do Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da Ducati, e tem a liderança de Roberto Canè, diretor de eMobilidade da marca.
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“Estamos vivenciando um momento verdadeiramente extraordinário. Acho difícil acreditar que é realidade e não ainda um sonho!”, disse Canè. “Ter a primeira Ducati elétrica na pista é excepcional não só pela singularidade, mas também pelo tipo de empreendimento: desafiante tanto pelos objetivos de performance quanto pela curto intervalo de tempo”, seguiu.
“Precisamente por isso, o trabalho de toda a equipe dedicada a este projeto tem sido incrível e o resultado de hoje nos recompensa pelos esforços dos últimos meses”, comentou. “Certamente, ainda não terminamos. De fato, sabemos que o caminho que temos pela frente ainda é longo, mas, enquanto isso, colocamos um primeiro e importante tijolo”, completou.
Responsável por guiar a moto neste primeiro teste, Pirro encontrou semelhanças com a Desmosedici da MotoGP, mas ressaltou que a potência da moto foi limitada para esta primeira atividade em Misano.
“Testar o protótipo da MotoE na pista foi uma grande emoção, pois marca o início de um importante capítulo na história da Ducari”, disse Pirro. “A moto é leve e já tem um bom equilíbrio. Além disso, a conexão do acelerador no primeiro estágio de abertura e a ergonomia são muito similares a uma moto de MotoGP”, pontuou.
“Se não fosse pelo silêncio e pelo fato de que neste teste nós decidimos limitar a entrega de potência a 70% da performance, poderia facilmente imaginar que estava guiando a minha moto”, completou.
A fábrica italiana destacou que o principal desafio deste novo projeto segue sendo “o tamanho, o peso e a autonomia das baterias”. “A meta da Ducati é fazer motocicletas elétricas que tenham alta performance e sejam caracterizadas pela leveza para disponibilizá-las a todos os participantes da Copa do Mundo de MotoE”, apontou.
Com o projeto da MotoE, a Ducati espera, também, desenvolver uma moto elétrica de rua.
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