Granado transforma erro em acerto e reconstrói carreira para brigar por título do Europeu de Moto2 em Valência

Eric Granado tem neste final de semana um momento bastante importante de sua carreira. Após uma verdadeira epopeia na última semana, com uma etapa do Mundial de Moto2, ida ao Brasil e teste com a Forward em Jerez de la Frontera, o brasileiro volta à Valência para a decisão do Campeonato Europeu de Moto2. Focado para a prova e de olho no título, o #51 olhou para trás e afirmou que todos sacrifícios valeram a pena para alcançar o que sempre quis

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Eric Granado tem vivido os últimos dias em alta velocidade. Após correr na etapa final do Mundial de Motovelocidade, marcando seu retorno para a Moto2, deu um rápido pulo no Brasil para cumprir compromissos com patrocinadores. Não demorou muito e já voltou para a Espanha para testes com a Forward, sua equipe em 2018, em Jerez de la Frontera. Agora, ele parte para mais uma perna de sua jornada.
 
Neste final de semana, o #51 disputa contra Ricky Cardús a decisão do Campeonato Europeu de Moto2. O competidor chega à prova final, em Valência, na liderança, com 16 pontos de frente para o segundo colocado.
 
Eric Granado deu passo atrás na carreira para ganhar nova chance no Mundial (Foto: Felipe Tesser)
“Com certeza a gente conseguiu trabalhar em cima da moto e também da minha pilotagem para ter uma base pronta e no final de semana não perder muito tempo e só se preocupar em pilotar e ir bem”, afirmou o piloto com exclusividade ao GRANDE PRÊMIO.
 

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O rival pelo título, entretanto, também esteve na pista, já que Cardús foi escalado pela Interwetten para substituir o lesionado Tom Lüthi na última etapa do Mundial.
 
“O Cardús é um cara que tem muita experiência e correu muitos anos no Mundial, com certeza ele pode ser rápido”, avaliou Granado. “Eu vou dar o meu melhor e não importa o que os outros fizerem, eu vou dar o meu melhor”, seguiu.
 
Nascido no Brasil, Granado não contou com o mesmo ‘privilégio’ de muitos de seus adversários, que têm nas categorias europeias uma base forte para alcançar o sonho de chegar ao Mundial. O #51 reconheceu que teve sua primeira experiência no certame conduzido pela Dorna no momento errado, mas acredita que a experiência o fortaleceu.
 
“Foi bom que eu entrei no momento errado. Fez eu virar o piloto que eu sou”, comentou Eric ao GP. “Na época, foi a oportunidade que eu tive, a oferta que eu tive de poder entrar e eu não pensei duas vezes, porque sempre foi o meu sonho. Eu acho que na vida a gente erra e esse erro fez eu aprender. Talvez, se eu tivesse feito de uma outra forma, eu não estaria onde eu estou hoje”, ponderou. 
 
“Tem gente que consegue chegar e um determinado lugar e de repente despontar, tem outros que demoram um pouco mais, e eu acho que o tempo meu de maturação teve de ser esse”, opinou. “Agora eu acho que eu estou no meu melhor momento. Ainda tem muito que aprender, muito que evoluir, mas, com certeza, está sendo o melhor ano da minha carreira e espero que continue só crescendo essa minha evolução”, sublinhou.
 
Neste processo de reconstrução da carreira, a Promoracing aparece como peça fundamental. Questionado sobre a importância da equipe em seu atual momento, Granado respondeu: “Foi essencial”. 
 
“Sem eles, acho que teria sido diferente. Poderia ter demorado mais ou não essa minha evolução. Mas tem pessoas muito competentes aqui dentro”, elogiou. “O Raúl Jara foi uma chave essencial para isso. É um cara que tem muita experiência no Mundial, trabalhou com pilotos da MotoGP, principalmente com o Dani Pedrosa, e essa parte da cabeça, que para o piloto faz toda a diferença, ele me ajudou muito a mudar nesse sentido, sempre me deu suporte máximo. A equipe também, dentro do possível, nunca deixou faltar nada”, comentou.
 
“Minha moto é uma moto 2014, não é uma moto moderna, mas com o que a gente tem, cada um da equipe deu o seu melhor e hoje a gente está aí com a possibilidade de vencer o título. Isso é muito motivador e só me dá gratidão”, afirmou. “Sou muito grato a tudo que eles fizeram. Eu gostaria de poder correr o Mundial com eles, mas é uma equipe que não está na MotoGP. Os três anos que eu tive com eles foram, para mim, os melhores da minha vida”, frisou.
Eric Granado e Ricky Cardús vão disputar título europeu na final de Valência (Foto: Repsol)
Apesar de a equipe não estar presente no Mundial de Motovelocidade, o #51 não perderá por completo o contato com o time.
 

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“O Raúl, provavelmente, vai vir comigo, mas ele continua com a equipe no Campeonato Europeu. A gente está trabalhando aí para, quem sabe, em 2019 algum outro mecânico vir comigo, mas a Forward é uma equipe muito estruturada, tem mecânicos competentíssimos, então eu vou entrar lá na estrutura, conhecer como que é e, quem sabe no futuro, eu levo algum deles comigo”, falou.
 
Além da Promoracing, Eric considera que se dividir entre Brasil e Europa também foi fundamental em sua evolução. Em 2017, Granado disputou o campeonato nacional de Superbike em paralelo com o Europeu, como fará no próximo ano com o Mundial.
 
“Foi bem difícil, muito cansativo. As viagens, principalmente, era o que pegava mais. Quando eu corri o Mundial, em 2014, eu morava aqui na Espanha, então eu não viajava tanto para o Brasil, mas acho que foi muito importante para o meu amadurecimento, eu aprendia a cada vez que mudava de moto a me adaptar rápido”, explicou. “Essa adaptação, no começo, era muito demorada, eu demorava para me adaptar quando subia de uma para a outra, e hoje em dia eu subo, dou cinco ou seis voltas, e já estou rápido. Isso me deu mais bagagem, com a 1000cc, principalmente, neste ano, eu ganhei muita experiência e me ajudou muito na Moto2. Eu acho que foi positivo e uma boa fase para o público me conhecer também”, apontou. 
 
“Muita gente que não me conhecia, agora no Brasil inteiro, quando a gente vai correr em Goiânia, em Londrina, enfim, o público sabe quem eu sou e isso para mim é muito importante”, destacou.
 
Como acontece com todo atleta, Eric reconhece que os sacrifícios do caminho o fizeram questionar sua escolha, mas subir na moto sempre foi a confirmação de seu desejo de seguir em frente.
 
"O que tive que abrir mão com certeza foi de passar tempo com minha família, com meus amigos, desde que tenho 11 anos de idade, quando eu comecei a correr na Europa. Eu perdi muita coisa da minha juventude, da minha adolescência com meus amigos, mas não me arrependo de nada, pois se não tivesse deixado de fazer tudo isso, não estaria onde estou hoje, o que para mim é um privilégio”, falou. “Muitas pessoas no mundo gostariam de estar onde eu estou hoje, muitos brasileiros gostariam de estar onde estou. Acho que isso faz parte de um processo da vida, uma hora ou outra a gente tem que abrir mão de alguma coisa. Acho que esse ponto é difícil, confesso que quando tinha 15 anos fiquei um pouco depressivo, mas na hora que subia na moto, eu esquecia tudo, o sacrifício e dificuldade. A satisfação de conseguir o que quer, no esporte, é indescritível”, seguiu.
 
Agora perto do sonho de conquistar um título de expressão internacional, Granado tem uma estratégia clara para a decisão em Valência: não correr riscos desnecessários, mas tampouco ‘dormir’.
 
“A estratégia é desde sexta-feira encontrar um bom setup dá moto para ter um bom ritmo de corrida e a partir daí, durante a corrida, a gente consegue planejar”, contou. “Pode mudar muito a situação, eu posso largar bem ou posso largar mal, isso muda. Acho que o importante, é óbvio, pensar no campeonato, tomar o mínimo de risco possível, mas não dormir. Qualquer mínimo erro, na Moto2, você perde muito”, alertou.
 
Com boa parte de sua carreira centrada na Europa, Granado acredita que decidir o título no Circuito Ricardo Tormo é também uma vantagem, mas não mais especial do que seria em qualquer outra.
 
“Sempre gostei muito da pista de Valência, já corri muito aqui”, disse. “Qualquer pista que eu corresse o final do Europeu seria especial, pois, se a gente conseguir esse título, vai ser inédito. Então, qualquer pista que fosse, seria especial”, encerrou.
 
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