João Eloi morre aos 55 anos após acidente em etapa do Superbike Brasil em Interlagos

João Eloi, de 55 anos, sofreu grave acidente na reta principal de Interlagos durante atividade da classe SuperSport 400cc Escola, que faz parte do Superbike Brasil. É a segunda morte da categoria no circuito paulista em 2024

O Superbike Brasil voltou a ter um acidente fatal neste sábado (30), mais uma vez em Interlagos. Durante uma atividade no circuito paulista, João Eloi, de 55 anos, tocou em outro competidor e bateu com força no muro externo da reta principal do circuito, atravessando a pista já desacordado e distante de seu equipamento.

Nas fortes imagens recebidas pelo GRANDE PRÊMIO, Eloi aparece desacordado na pista cercado por dois funcionários da organização que esperava atendimento médico. Horas depois, em um comunicado nas redes, o Superbike Brasil confirmou a morte do piloto da classe SuperSport 400cc Escola. A categoria ainda disse se as corridas deste domingo (1º) seguem na programação.

O GRANDE PRÊMIO procurou a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) para buscar mais informações sobre o acidente e foi informado que Eloi tinha 55 anos e não 57, como informado pela categoria em comunicado.

“O Superbike Brasil comunica, com muita tristeza e pesar, o falecimento do piloto João Eloi. Na tarde deste sábado (30), o sul-caetanense sofreu uma queda durante a corrida da categoria SuperSport 400cc – Escola, válida pela nona etapa do Superbike Brasil, sediada no Autódromo de Interlagos”, diz a nota publicada nas redes sociais.

João Eloi sofreu forte acidente na reta principal de Interlagos (Foto: Reprodução)

“Apesar do pronto atendimento realizado pela equipe de resgate do campeonato, em ambulância UTI, seguido pelo rápido encaminhamento para a sala de emergência do autódromo, João acabou falecendo ainda no ambulatório”, seguiu o comunicado

“A organização do Superbike Brasil se disponibiliza a prestar total assistência à família do piloto. Além disso, todos da equipe do campeonato estão consternados com o acontecimento e manifestam sinceros sentimentos a todos familiares e amigos de João”, completou a categoria.

A morte de Eloi é a sétima de um piloto do Superbike Brasil em Interlagos no intervalo de sete anos e a segunda só em 2024, já que, em junho passado, o argentino Lorenzo Somaschini, de apenas 9 anos, faleceu após um acidente em um treino livre da Honda Junior Cup na saída do Pinheirinho. Antes, Sérgio dos Santos, em julho de 2017; Rogério Munuera, em junho de 2018; Maurício Paludete, em abril de 2019; Danilo Berto, em maio de 2019; e Matheus Barbosa, em novembro de 2020, tinham sido as vítimas fatais da categoria no circuito paulistano.

Em maio de 2019, na esteira das mortes seguidas de Paludete e Berto, a Prefeitura de São Paulo chegou a suspender as corridas de moto em Interlagos, mas a suspensão não durou muito tempo. A própria Honda chegou a suspender a participação no Superbike Brasil na mesma época, mas voltou após dois meses. A Yamaha deixou o campeonato no mesmo momento e jamais retornou.

O Superbike Brasil é um campeonato sem a chancela da CBM (Confederação Brasileira de Motociclismo). A entidade hoje presidida por Gustavo Jacob retirou a rubrica do campeonato no início do ano, mas existe como liga independente, tal como permite a Lei Pelé.

As muitas polêmicas do SuperBike Brasil

Além do número elevado de acidentes fatais na categoria, o SuperBike Brasil também já se envolveu em outras polêmicas. Em janeiro, o GRANDE PRÊMIO revelou que o campeonato usou documentos falsificados no julgamento de um protesto da equipe de Alex Barros contra a Honda usada por Eric Granado em 2019.

Na ação, o time de Barros questionava o motor da CBR 1000 RR Fireblade. O motor foi, então, analisado pelo SENAI, mas apesar de o resultado apontar divergências no peso das bielas, a CBM (Confederação Brasileira de Motociclismo) concluiu que não se tratava de uma irregularidade.

A equipe de Alex, então, recorreu ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), onde foram anexados documentos supostamente elaborados pelo SENAI e pela Federação Internacional de Motociclismo (FIM). Nenhuma das entidades, porém, reconhece a produção dos documentos.

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