12 vitórias, 420 pontos e título de equipes: Márquez reluz em 2019

Marc Márquez fechou a temporada da MotoGP fazendo basicamente o que fez em 63% das corridas: vencendo. Muito embora o talento já tenha sido comprovado há tempos, 2019 é um daqueles anos que fica marcado na história

Daqui a muitos anos, quando formos contar a história de Marc Márquez, 2019 terá um capítulo especial no roteiro. Além de marcar o ano do hexacampeonato na MotoGP, foi o campeonato em que o espanhol se mostrou mais dominante.
 
Nos seis títulos na classe rainha, é a primeira vez que o espanhol fecha o campeonato com mais de cem pontos de vantagem: no total, foram 151 tentos de diferença para Andrea Dovizioso. Antes, a maior discrepância tinha acontecido em 2018, quando os dois ficaram separados por 76 pontos. A menor, por outro lado, aconteceu em 2013, no ano de estreia, quando Marc ficou com o título ao vencer Jorge Lorenzo por quatro pontos.
 
Na maior temporada da história da MotoGP, com 19 paradas, Márquez esteve no top-2 em 94,7% das provas. Afinal, a única ausência entre os dois ponteiros foi justamente no GP das Américas, onde viu cair por terra uma invencibilidade que vinha desde 2013 com um inesperado abandono. Nas demais corridas, foram 12 triunfos ― Argentina, Espanha, França, Alemanha, República Tcheca, San Marino e Riviera de Rimini, Aragão, Tailândia, Japão, Austrália e Comunidade Valenciana ― e seis segundos lugares ― Catar, Itália, Holanda, Áustria, Grã-Bretanha e Malásia.
Marc Márquez (Foto: Red Bull Content Pool)
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Com tamanha regularidade, não surpreende que o espanhol de Cervera tenha sido o primeiro da história a somar mais de 400 pontos em uma temporada da classe rainha. Mas, mais do que tudo isso, chama atenção o fato de Marc ter dado à Honda o título do Mundial de Equipes.
 
Diferente do que acontece no Mundial de Construtores, onde apenas o melhor resultado de cada montadora soma na classificação, a disputa entre os times leva em conta os dois pilotos. Com Jorge Lorenzo bastante longe de seu habitual, Marc carregou a montadora da asa dourada nas costas. 
 

Dos 458 pontos que renderam o título à Honda, 91,7% deles foram somados por Márquez. Lorenzo contribuiu com 6,11%, enquanto Stefan Bradl ― que substituiu o lesionado #99 em três corridas ― ajudou com 2,18%.

 
“Eu estava convencido de que seria muito difícil, mas estou muito contende de ter terminado o ano dessa forma”, disse Márquez. “Não gosto de dizer impossível, mas vai ser muito, muito difícil igualar uma temporada como essa”, seguiu.
 
Na visão de Márquez, a conquista da tríplice coroa foi a cereja no bolo da Honda em 2019.
 
“Colocamos a cereja do bolo ao conquistar o campeonato para a Honda”, comentou. “O outro lado do box sofreu um pouco, mas não deixou de trabalhar. Conquistar a tríplice coroa é um trabalho feito da melhor forma”, resumiu.
 
“Me sinto orgulhoso, especialmente, da estabilidade que demonstramos este ano. É muito difícil manter a concentração durante tanto tempo e o mesmo foco nas corridas”, comentou. “Se você baixa o sarrafo, te passam por cima, e fico orgulhoso de que todos, sem exceção, mantiveram a concentração durante todo o ano”, concluiu.
 

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