Adotado pela torcida do Brasil, Morbidelli parte para MotoGP e deixa Granado como ‘herdeiro’ na Moto2

Se outrora a torcida brasileira não tinha um piloto com quem pudesse se identificar levando em conta critérios nacionalistas, 2018 verá uma mudança neste cenário. Campeão da Moto2, Franco Morbidelli parte para a MotoGP, mas Eric Granado volta ao palco mundial da classe intermediária para defender as cores verde e amarela

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Brasileiro é um povo acostumado ― ao menos no que diz respeito à boa parcela da população ― a acompanhar esportes que tenham representantes nacionais. No caso do Mundial de Motovelocidade, Valentino Rossi sempre foi capaz de extravasar limites geográficos, mas até mesmo o maior expoente da modalidade pode se beneficiar de uma mãozinha.
 
Sem um representante nacional na elite do motociclismo e desde o fim de 2014, a torcida brasileira foi rápida em ‘adotar’ Franco Morbidelli. Filho da brasileira Cristina, natural do Recife, o jovem italiano carrega a bandeira do Brasil no capacete e, com seu jeito tranquilo e carismático, conseguiu conquistar o coração da torcida.
Franco Morbidelli conquistou a atenção dos brasileiros (Foto: Marc VDS)

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Campeão da Moto2, Morbidelli admitiu durante sua participação no Paddock GP, do GRANDE PRÊMIO, que ficou surpreso com o carinho dos brasileiros.

 
“Eu estou muito feliz pelo carinho que recebo dos brasileiros. Eu recebo muitas mensagens”, contou. “É verdade, eu não esperava uma coisa assim, porque só colocando uma bandeira e só sendo o que eu sou, chegou muito carinho dos brasileiros. A verdade é que isso me deu ainda mais força e ainda mais energia para ir na frente e para fazer bem, também para todos os fãs brasileiros”, continuou.
 
A partir de 2018, no entanto, o cenário muda para os torcedores do lado de cá do Atlântico. O ½ brasileiro parte para uma aventura na MotoGP, mas agora tendo com quem dividir as atenções vindas do Brasil. Depois de três anos, Eric Granado volta ao cenário do Mundial para vestir as cores da Forward na Moto2.
 
No período em que esteve longe do campeonato promovido pela Dorna, Granado se dividiu entre Europa e Brasil e sabe que as competições nacionais o ajudaram a se aproximar da torcida.
 
“A minha imagem no Brasil hoje em dia é muito mais conhecida do que antigamente, quando eu estava correndo só no Mundial, na Moto3”, disse Granado ao GP. “Muita gente me conhece agora e antes não conhecia. Eu acho que a minha vinda ao Brasil foi muito boa, muito positiva”, indicou. 
 
Promovido à MotoGP, Morbidelli ganha agora um novo status, não só entre os brasileiros, mas com os fãs em geral. Na classe rainha, tudo é um pouco maior e mais exagerado do que nas divisões irmãs.
 
Granado, por outro lado, volta a um mundo que já conhece, mas talvez em um cenário um pouco diferente. Em 2012, quando Eric estreou na categoria, a Moto2 tinha entre seus protagonistas nomes como Marc Márquez, Pol Espargaró, Andrea Iannone, Tom Lüthi e Scott Redding, todos que já estão ou fazem o caminho rumo a divisão principal. Bradley Smith, Johann Zarco, Takaaki Nakagami e Xavier Siméon também estão entre aqueles com quem o piloto de São Paulo dividiu as pistas e que estão ou estarão na classe rainha.
Eric Granado volta ao Mundial em 2018(Foto: Repsol)

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Apesar do cenário diferente, a condição é igualmente dura. Assim como aconteceu com o #21, Granado vai precisar de tempo para se adaptar e ser efetivamente competitivo. A performance no Europeu de Moto2, onde está próximo do título de 2017, é um bom indício para isso.
 
Carismático e vencedor, Morbidelli conseguiu atrair a atenção dos brasileiros. Cabe a Granado continuar de onde o italiano parou.
 
O GRANDE PRÊMIO cobre a decisão in loco em Valência com a repórter Juliana Tesser. Acompanhe aqui todo o noticiário.
 
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