Aleix Espargaró volta a elogiar moto da Aprilia, mas assume decepção com início de 2020

O catalão ainda não conseguiu pontuar na temporada da MotoGP, mas nem por isso deixou de elogiar a performance da RS-GP. O irmão de Pol ressaltou a potência como déficit principal do protótipo italiano

Aleix Espargaró saiu decepcionado das primeiras duas corridas da temporada 2020 da MotoGP. Mesmo animado com a evolução apresentada pelo protótipo de Noale ao longo da fase de testes, o catalão de Granollers não conseguiu converter a melhora em resultados e sequer pontuou nos GPs da Espanha e da Andaluzia.

Agora sob o comando de Massimo Rivola, ex-F1, a Aprilia conseguiu mudar a dinâmica de trabalho dentro dos boxes, já que Romano Albesiano ficou livre para focar no desenvolvimento da moto. Com mais dinheiro do grupo Piaggio, o diretor-técnico conseguiu evoluir a moto, o que fez com que Aleix sonhasse até em brigar pelo pódio.

Aleix Espargaró renovou com a Aprilia até 2022 (Foto: Aprilia)

Nesse início de ano, porém, o irmão de Pol registrou dois abandonos seguidos. Aleix caiu na terceira volta da etapa da Espanha, quando estava em 14º, e ficou na pista apenas até a nona volta do GP da Andaluzia, quando tinha escalado até o 11º lugar após largar em 16º, mesma posição de partida da primeira corrida em Jerez.

Assim, a Aprilia somou apenas cinco pontos até aqui, todos conquistados por Bradley Smith, escalado para substituir Andrea Iannone, que está suspenso por doping. O britânico, aliás, ainda não foi confirmado para a sequência da temporada.

“Me sinto desapontado com a queda. Lamento muito pelo time, pois no sábado, com os meus rapazes, tivemos um problema e terminamos próximo na 1h da manhã. Eu estava mirando uma boa corrida por eles”, disse Aleix. “Fiz uma boa largada, mas sinto que estou acima do limite com essa moto, tentando seguir as Ducati e as Suzuki. Tinha o mesmo ritmo. Não fiz nada estranho, mas, obviamente, para estar com eles, eu preciso andar mais perto do limite do que eles. E paguei o praço”, seguiu.

“Em uma pista escorregadia como esta, você tem de parar mais a moto e aí acelerar. Não posso usar esse estilo de pilotagem”, comentou. “Não posso parar a moto e usar toda a potência, porque não tenho isso. Preciso de um pouco mais de velocidade de curva para ajudar com a aceleração e perdi a frente”, explicou.

“Mais uma vez, lamento muito. Nunca caí em duas corridas seguidas na MotoGP, então estou muito desapontado. Mas senti que não tinha muito a fazer”, comentou.

Desde o primeiro contato com a RS-GP, Aleix se mostrou bastante animado com a evolução da Aprilia, algo que não se perdeu com os resultados das duas corridas em Jerez.

“Eu gosto da moto, me sinto bem, só nos falta potência. Esse é um ponto chave. Acho que nossa moto é melhor ou no mesmo nível dos nossos rivais, exceto pelo moto, então preciso correr no meio da curva”, justificou. “Ultrapassei [Andrea] Dovizioso uma vez e [Danilo] Petrucci uma vez, mas, assim que levantamos a moto, num trecho de 55 metros, eles me ultrapassaram outra vez. Então foi frustrante”, detalhou.

“Honestamente, sei que é estúpido dizer, mas sinto que, se não tivesse ninguém na minha frente, poderia pilotar em 1min39s0 em cada uma das voltas”, declarou. “De qualquer forma, é difícil ser positivo neste momento, mas eu me sinto forte, rápido com esta moto, sinto que estou no limite com essa moto, mas me sinto bem. Então vou seguir insistindo, tentando, mas, no momento, me sinto muito desapontado”, encerrou.

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