Apesar das críticas, MotoGP terá motos CRT também em 2013

A MotoGP vai continuar tendo no grid motos CRT em 2013. É o que garantiu o presidente da FIM, Vito Ippolito, apesar das críticas em relação a diferença de performance entre as motos de produção e os protótipo

MotoGP vai continuar tendo no grid motos CRT em 2013, mas pode optar por uma mudança significativa para os próximos anos. Isso porque a Honda já se prepara para fornecer protótipos acessíveis para as equipes. Essa é a crença do presidente da FIM, Vito Ippolito, que disse que o objetivo é convencer outras montadoras a também disponibilizar protótipos a preços mais baratos.

Até que isso aconteça, no entanto, o dirigente insistiu em dizer que as motocicletas CRT, que foram incorporadas ao campeonato com a meta de aumentar o grid a um custo menor, vão continuar a existir. De fato, o regulamento CRT se mostrou um sucesso em termos de baixos custos, mas as motos estão muito longe da performance dos protótipos, e isso criou um campeonato a parte.

"A MotoGP vai continuar com as CRTs, com a meta de construir motos mais competitivas em 2014, com a ajuda de novos regulamentos e de um novo trabalho de desenvolvimento. O cenário vai mudar", disse Ippolito em entrevista à revista italiana 'Motorsprint'. "Pedimos aos fabricantes para construírem protótipos de produção, que foi durante anos um objetivo meu, mas eles disseram que não, então não tivemos outra escolha a não ser inventar outro tipo de moto. E foi assim que a CRT nasceu", explicou.

Aleix Espagaró faz parte do regulamento das CRT neste ano (Foto: Divulgação)

Questionado sobre a possibilidade de a Honda passar a fornecer réplicas de produção derivadas de sua moto a partir 2014, Ippolito respondeu: "É, parece que sim, mas vamos ver o que acontece até 2014. Espero que a construção desse tipo de moto aconteça e que outras fabricantes sigam o exemplo. Nós da FIM e também a Dorna concordamos que as fábricas podem construir esse tipo de moto e ter o sucesso que tiveram nos anos 80 e 90. Motos de verdade, competitivas e baratas. Esses eram os anos das 500cc, mas isso pode ser feito agora com a MotoGP".

O presidente da entidade máxima do motociclismo também revelou que outras mudanças importantes estão sendo discutidas para o futuro da categoria rainha, incluindo a introdução de uma centralina única, além de alterações no calendário.

"Estamos trabalhando com a Dorna no conjunto do novo regulamento, exatamente porque queremos que outros fabricantes, como a BMW, Suzuki, Koawasaki e Aprilia, entrem no Mundial", disse o venezuelano, acrescentando que agora as atuais equipes de fábrica estão mais flexíveis no que diz respeito às regras quanto à eletrônica e a centralina.

"Eles [as equipes] estão se ajustando com relação a isso. A centralina é parte fundamental do regulamento de 2014. Os três fabricantes da MotoGP há muito se opuseram a ela, mas agora acho que estamos no caminho certo para encontrar um acordo", afirmou Ippolito, que ainda disse que a Dorna também trabalha para trazer a MotoGP para o Brasil em futuro breve.

"Além disso, em um curto espaço de tempo, dois ou três anos, vamos ter mais corridas fora da Europa. O motivo é a crise econômica. A Dorna Já trabalha arduamente para voltar à America do Sul. Nós logo vamos à Índia e estamos trabalhando com a Indonésia também. "

"Vamos ver como as coisas evoluem, mas é claro que agora há sempre mais e mais pedidos para corridas da MotoGP em países distantes da Europa", concluiu.

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