Aprilia rebate Michelin e nega que dados comprovem pneu frio em tombo de Martín
Diretor-executivo da Aprilia, Massimo Rivola negou que os dados da RS-GP comprovem que o pneu de Jorge Martín estava 15°C abaixo da temperatura no momento da queda que tirou o espanhol da primeira bateria de testes da pré-temporada
A polêmica em torno da queda de Jorge Martín no primeiro dia de testes da pré-temporada 2025 continua. Depois de a Michelin apontar para temperatura baixa na carcaça do pneu, a Aprilia rebateu e garantiu que os dados da moto não sustentam a afirmação de Piero Taramasso, chefe da montadora francesa.
Martín completou apenas 13 voltas no primeiro dia de testes na Malásia. O espanhol caiu duas vezes, mas foi o tombo na curva 2 que o tirou de combate, já que o #1 sofreu fraturas na mão e no pé. Jorge passou por cirurgia na mão, mas ainda não tem data de retorno confirmada.
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Na sexta-feira, Taramasso falou com a imprensa e explicou que, ainda que a medição tradicional das equipes não indique baixa temperatura do pneu, a carcaça estava bem mais fria do que o pneu de Marco Bezzecchi, que tinha o mesmo tipo de calçado utilizado por Martín no momento da queda.
“No início, Massimo disse que a temperatura do pneu estava ok, mas era a temperatura [da superfície] do pneu, que é muito variável — depende da derrapagem, do quanto a moto patina. No pneu traseiro, o [valor] que usamos para entender se um pneu funciona ou não, é a temperatura da camada interna. Por exemplo, são os dados que vêm do sensor McLaren”, explicou. “Nós analisamos todos os dados e a conclusão é clara: Jorge, quando saiu dos boxes para o último stint antes da queda, a temperatura do pneu era 15°C menor. 15°C é muita coisa”, indicou.

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“Além disso, no momento que ele caiu, nós comparamos com a temperatura do pneu traseiro de Marco Bezzecchi — já que é a mesma moto, com o mesmo [composto] traseiro médio — e estava 15°C abaixo”, pontuou.
Rivola, no entanto, contesta. Além de garantir que os dados não comprovam essa teoria, o dirigente pediu uma reunião com todas as equipes para tratar o que considera ser uma “situação claramente crítica”.
“Em relação à queda, gostaria de deixar claro que nossos dados, de maneira nenhuma, confirmam as declarações de Piero Taramasso”, disse Rivola. “Acredito que a segurança dos pilotos deveria ser a prioridade e já sugeri a ele uma reunião com todas as equipes para podermos lidar construtivamente com esta situação claramente crítica, como evidenciado pelo número de lesões”, completou.
A MotoGP volta às pistas entre os dias 12 e 13 de fevereiro para o segundo teste da pré-temporada, na Tailândia. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

