Bolhas e queimaduras: pilotos relatam efeito do forte calor nas motos na Tailândia

Álex Rins relatou que terminou a corrida em Buriram com a perna “totalmente queimada” por conta do calor excessivo. Joan Mir ficou com bolhas e caiu em consequência do calor emanado pela moto

O forte calor na Tailândia deixou efeitos nos pilotos. Álex Rins relatou queimaduras na perna, enquanto Joan Mir apontou que teve até bolhas. Mas eles não foram os únicos.

Durante o fim de semana em Buriram, a temperatura roçou os 40°C, com o asfalto beirando os 60°C. Ainda que o domingo tenha tido o céu um pouco mais encoberto, a condição climática ficou longe de agradável.

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17º na corrida de domingo, Álex Rins afirmou que terminou a corrida com a perna “destruída”.

“Foi, com certeza, uma corrida física, mais por lidar com o calor no corpo”, disse Rins. “Minha perna está destruída, totalmente queimada. Já na sprint eu senti um pouco isso, mas, a partir da volta sete de hoje, não conseguia lidar”, seguiu.

Álex Rins relatou que terminou GP com a perna queimada (Foto: Yamaha)

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“Eu estava chegando na reta oposta com a perna quase fora [da moto] para evitar essa queimadura”, contou. “No fim, a condição climática foi um pouco melhor do que ontem. Estava um pouco mais nublado e menos quente do que ontem. Mas, com certeza, volta após volta, com esses motores de 1000cc, nós sentimos o calor”, garantiu.

“Hoje as condições, com certeza, foram extremas, assim como ontem. Diria que ontem mais do que hoje, mas é isso”, comparou.

Joan Mir também sofreu com o calor e contou que completou a participação na corrida em Buriram com “bolhas” na perna por causa do calor da moto. O espanhol explicou, inclusive, que o calor que vinha da moto foi o que o fez cair na última curva da volta 15.

“Não sei exatamente a temperatura, mas certamente estava muito quente”, começou Mir. “Estava queimando. Também nas curvas para a direita, especialmente nas curvas mais lentas, eu estava queimando. Caí em uma curva em que eu estava me queimando”, seguiu.

“Foi uma pena, pois acho que acho que todos os momentos difíceis que passamos com essa equipe nos tornaram mais fortes e estamos felizes por um lado, pois conseguimos ser fortes e competitivos aqui”, comentou. “Mas, por outro lado, temos de seguir trabalhando para tentar evitar essas coisas, pois não consegui pilotar”, lamentou.

Antes do início da corrida, surgiram rumores de que a MotoGP considerava reduzir o número de voltas da corridas, mas isso não aconteceu. Na visão de Fabio Quartararo, porém, teria sido “mais seguro” não fazer as 26 voltas.

“Sendo sincero, foi realmente no limite. Terminei até que bem, mas essas motos, com esse calor, minha perna toda estava queimando”, relatou. “Acho que foi um pouco extremo, pois realmente nunca acontece em tantos lugares de termos tanto calor assim. Mas acho que um pouco menos de voltas poderia ter sido pior para o show, mas foi claramente o máximo que podíamos fazer hoje”, ponderou.

“Eu realmente não vou a Comissão de Segurança nas sextas-feiras, mas, às vezes, é preciso. Para mim, era mais seguro fazer a corrida um pouco mais curta. E para todo mundo era mais seguro”, encerrou.

Johann Zarco, contudo, discorda do conterrâneo e não vê necessidade na redução do número de voltas.

“Queimei a minha panturrilha, mas não fui o único”, falou Johann. “Jack [Miller] queimou a panturrilha, Brad Binder queimou os bíceps. Então todas as motos estavam sofrendo com o calor”, reconheceu.

“Não é perigoso, é mais difícil, mas não ao ponto de ser perigoso. É só quente demais para as máquinas. Pode ser perigoso se o motor começar a travar, mas, com essas motos, se a gente trava um motor, a moto para”, concluiu.

MotoGP volta a acelerar entre 14 a 16 de março, para o retorno do GP da Argentina, em Termas de Río Hondo, com a segunda etapa da temporada 2025. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

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