Chefe de equipe de Rossi acredita que experiência do italiano será útil na evolução da Yamaha

Em entrevista a revista britânica ‘Motorcycle News’, Jeremy Burgess defendeu que experiência de Valentino Rossi, aliada com os conhecimentos de Jorge Lorenzo, ajudarão a Yamaha a se aproximar mais ainda da Honda

 

Na semana que vem, durante os primeiros testes coletivos para a temporada de 2013 da MotoGP, Valentino Rossi voltará a subir na M1, moto com que conquistou quatro de seus sete títulos na classe rainha do Mundial de Motovelocidade. Assim como aconteceu em sua primeira passagem pela casa de Iwata, o italiano não irá sozinho e vai levar com ele a equipe técnica que o acompanha desde os tempos de Honda. 
 
Um dos principais nomes deste time é Jeremy Burgess, chefe de equipe de Rossi desde que o piloto estreou nas 500cc pela Honda. Depois de seguir com o italiano para a Yamaha e a Ducati, o australiano se prepara para retornar ao time nipônico, mas acredita que este momento seja mais especial para Valentino. 
Burgess indicou que seguirá com Rossi até aposentadoria do italiano (Foto: Ducati)
“Isso é mais sobre o piloto. Ele está, obviamente, voltando porque sente que pode conquistar algo diferente na Yamaha e eles criaram uma oportunidade para ele, então eles também acreditam”, declarou, em entrevista à revista britânica ‘Motorcycle News’. 
 
Aos 59 anos, Burgess diz que não pensou na possibilidade de deixar as pistas e deu indícios de que pretende seguir com Rossi até que o italiano se aposente. 
 
“Eu sempre quis fazer o que é melhor para o piloto. Sempre quis acompanhar até o dia em que ele parasse de correr e foi isso que fiz no passado com Mick (Doohan)”, lembrou. “Eu não ia querer atrapalhar seus objetivos e enquanto achar que posso contribuir, fico mais do que feliz em continuar e quero seguir. Mas, para mim, seguir com a nova geração seria menos provável”, reconheceu.
 
Questionado se chegou a duvidar de que seria recontratado pela Yamaha, Burgess disse que sim e ponderou que nem sempre é fácil retornar para uma empresa onde já trabalhou. Em 2003, quando se juntou a Rossi em Iwata, Jeremy também temeu deixar sua posição na Honda, já que acreditava que não teria uma nova chance em sua antiga equipe se a aventura na nova escuderia desse errado.
 
“Sempre existe uma dúvida porque recontratar o piloto é uma coisa. Historicamente, quando funcionários saíram no passado, nem sempre é tão fácil voltar. É sempre assim, independente da indústria em que você está envolvido, e nem sempre é uma conclusão precipitada”, avaliou. “Mas a Yamaha nos conhece e as mesmas pessoas ainda estão lá, então não deveria ser tão difícil”, continuou. 
 
Às vésperas de retornar ao time, Burgess não espera grandes dificuldades. “Acho que o trabalho jamais será fácil. Entendemos como as coisas funcionam na Ducati e na garagem os sistemas e estratégias são similares a todas as outras em que trabalhei. Acho que não terá nenhuma dificuldade real”, opinou. “Teremos quatro testes antes de irmos para a pista no Catar no próximo ano. Não diria que será fácil, mas, certamente, não será mais difícil.”
 
Por fim, Jeremy destacou que a experiência de Rossi, aliada com o conhecimento de Jorge Lorenzo, poderá ajudar a Yamaha a se aproximar ainda mais da Honda.
 
“A Yamaha está, obviamente, muito feliz com o que ele fez por eles no passado, do contrário, não estaríamos nessa situação de ter a chance de voltar”, ressaltou. “Ter uma confirmação de Jorge e Valentino no momento, talvez seja uma medida prudente da Yamaha no momento em que a Honda parece ter tão pouca vantagem. Os dois serão o grupo mais experiente na pista, então isso será muito importante para a Yamaha”, concluiu. 
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