Com opções mais baratas, Ducati define futuro de Dovizioso após rodada dupla na Áustria

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A composição da Ducati em 2021 segue dando o que falar. De acordo com o jornal italiano La Gazzetta dello Sport, a casa de Bolonha considera seguir com Andrea Dovizioso, mas tem no aposentado Jorge Lorenzo e no agora lesionado Francesco Bagnaia opções mais baratas.

Até agora, a Ducati definiu apenas a promoção de Jack Miller ao time de fábrica em 2021, mas espera os GPs na Áustria para poder definir quem vai formar par com o australiano. Os italianos já negociam com #4 há algum tempo, mas a questão financeira tem sido um entrave importante, já que a fábrica de Borgo Panigale quer reduzir o salário do piloto de Forli.

A próxima semana, porém, é o limite para a Ducati bater o martelo. Durante o segundo treino livre desta sexta-feira, Davide Tardozzi, diretor da esquadra, deu o prazo para a definição. “Após as duas corridas na Áustria, vamos tomar uma decisão sobre Dovizioso”, falou ao Dazn Espanha.

A negociação entre Ducati e Andrea tem se arrastado desde o início do campeonato. O diário italiano informa que a equipe de Borgo Panigale fez proposta de € 2,5 milhões [aproximadamente R$ 16 mi] a Dovizioso. O próprio piloto já havia afirmado que a trinca de Tchéquia-Áustria seria decisiva para sua continuidade na classe rainha.

Mas apesar do desejo de manter Dovi para o próximo ano, outras opções já são avaliadas pela Ducati. Uma delas é Bagnaia, piloto da casa que atualmente corre na Pramac e que, de fato, tem recebido atenção da esquadra, como admitiu Paolo Ciabatti, diretor-esportivo.

Depois de fechar o primeiro dia de treinos no Red Bull Ring com o segundo melhor tempo, Dovizioso foi questionado sobre as declarações de Tardozzi ao serviço de streaming espanhol e, embora não tenha feito grandes comentários, indicou que a indecisão parte da Ducati.

“Não vou comentar, também por que não é novidade. Nós já sabíamos disso”, respondeu ao site da MotoGP. “A decisão não é minha. Você tem de seguir o que eles decidirem, então não tem problema”, completou.

Mas outro nome forte é o de Lorenzo. Hoje piloto de testes da Yamaha, o tricampeão nunca descartou um retorno para a fábrica italiana, e Davide também indicou carinho especial pelo espanhol. “É um piloto muito importante, ganhou conosco. O temos no coração”, disse durante o TL2. Ao ser questionado se está no coração ou na cabeça, o diretor apenas deu risada. Há algumas semanas, o discurso era bastante diferente.

Acontece que com o desejo de enxugar custos, até para controlar o forte golpe sofrido com a pandemia do coronavírus, torna Jorge e Pecco opções mais viáveis. Como informado pelo La Gazzetta dello Sport, qualquer um dos dois teria salário entre € 400 mil e 800 mil [próximo de R$ 2.5 mi e R$ 5 mi].

Publicações italianas, entre elas SkySport MotoGP, apontam que o tricampeão já tem um pré-contrato com antiga casa, que expira no dia 23 de agosto, justamente data da segunda corrida do Mundial na Áustria.

Lorenzo passou duas temporadas com as cores da Ducati. Depois de um difícil período de adaptação, conseguiu três vitórias e subiu sete vezes ao pódio. A melhor classificação no campeonato foi em 2017, quando terminou em sétimo.

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