Com quatro fábricas na ponta, MotoGP desembarca na Austrália com expectativa de corrida das boas

Com Honda, Ducati, Yamaha e Suzuki aparecendo entre os ponteiros no primeiro dia de treinos para o GP da Austrália, a MotoGP fecha a sexta-feira em Phillip Island com a promessa de uma corrida das boas

O GP da Austrália é mesmo um dos clássicos do Mundial de Motovelocidade. Disputado na bela Phillip Island, uma pista conhecida por privilegiar o piloto e não a moto, o evento é um dos pontos altos da temporada e tem sediado disputas espetaculares ao longo dos anos. E, no que depender do desempenho desta sexta-feira (26), vem outra corrida daquelas por aí.
 
No primeiro dia de atividades na pista de Victoria, Andrea Iannone colocou a Suzuki no topo da tabela de tempos da MotoGP. O #29 completou a melhor de suas 38 voltas em 1min29s131 e fechou o dia em Phillip Island com 0s160 de margem para Danilo Petrucci, o segundo colocado. Maverick Viñales completou o top-3, 0s223 mais lento que o ponteiro. Melhor Honda, Cal Crutchlow fechou o dia com o quinto posto, 0s485 atrás do italiano de Vasto.
 
O destino, no entanto, foi um bocado cruel com Cal. O #35 sofreu uma queda no TL3, acabou com fraturas no tornozelo direitos e está fora desta antepenúltima etapa da temporada 2018. Crutchlow foi levado a um hospital em Melbourne e será operado para estabilizar as fraturas.
Andrea Iannone liderou, mas cobrou melhora da Suzuki (Foto: Suzuki)
A Honda, no entanto, não deve sair no prejuízo com a ausência de Cal, uma vez que Marc Márquez, mesmo já campeão, não deve ficar de fora da briga. O #93 registrou o sétimo tempo nesta sexta, 0s608 atrás do ponteiro.
 
Líder dos trabalhos, Iannone fez um balanço positivo da sexta-feira, mas considerou que a GSX-RR ainda precisa melhorar para a corrida de domingo. 
 
“Foi um dia positivo, mas não perfeito”, disse Iannone. “Nós temos de melhorar em alguns pontos e não é assim tão fácil fazer isso”, comentou.
 
“Os problemas de sempre também estão presentes nesta pista: nós temos de ser mais consistentes na configuração de corrida, consumir menos os pneus”, apontou. “Eu saí da última curva atrás de Dovizioso: ele e a Honda são assustadores na reta. Aqui nós podemos compensar em outras partes da pista, mas em caso de uma chegada apertada, não sei o que posso fazer”, admitiu.
 
“Nós temos uma boa velocidade, já provei todos os pneus e tenho um bom ritmo, mesmo rodando sozinho. Só me preocupo com a consistência no final”, indicou. “O objetivo é tentar ser competitivo nas últimas cinco voltas. Nós estamos trabalhando nisso, mas não é fácil. Nós somos muito fortes na entrada, mas do meio da curva até a aceleração não somos tão eficazes”, reconheceu.
 
Abalado com a performance do GP do Japão, Petrucci aproveitou a noite passada para conversar com seu psicólogo e se sente mais centrado para a disputa australiana.
 
“Estou bastante contente. Depois do desastre do Japão, aqui nós estamos em um bom nível”, afirmou Danilo. “Em relação à corrida, eu estou um pouco preocupado com a queda de aderência na traseira. Não sei como os outros estão, mas amanhã a situação ficará mais clara, já que hoje Márquez, por exemplo, ficou um pouco escondido”, comentou.
 
Em meio ao maior jejum da história da Yamaha, Viñales procurou se manter cauteloso, mas lembrou que a pista australiana exige mais dos pilotos do que das motos.
 
“Eu estou feliz. Estou feliz, pois trabalhamos da maneira correta hoje. Talvez de tarde tenhamos tentado um pouco demais, mas temos de continuar com a mesma moto. Eu tenho um ótimo feeling com a moto, então posso ficar muito concentrado e ser preciso. Podemos estar lá dentro do top-3”, avaliou o #25. “Nesta pista, a moto conta um pouco menos. É realmente fluida, então você só tem de acertar um pouco o seu estilo de pilotagem. Parece funcionar melhor, mas ainda temos amanhã e domingo. Hoje foi bom, positivo, mas vamos ver amanhã”, seguiu.
Marc Márquez quer entender motivo das quedas dos pilotos da Honda (Foto: Repsol)
“Eu vou focar bastante na eletrônica, pois acho que ainda não estamos no lugar, então temos muito trabalho a fazer”, garantiu.
 
Campeão antecipado, Márquez se mostrou preocupado com o volume de quedas de pilotos da Honda e falou em entender o que se passa. 
 
“Não começamos muito bem, pois, de manhã, não me senti cômodo com a moto. De tarde, nós demos um bom passo à frente”, contou Marc. “De manhã, por alguma razão, não me sentia bem, parecia um pau em cima da moto e sem confiança. Além disso, sofri uma daquelas quedas que não dá para entender, então não gostei nem um pouco. Talvez faltasse temperatura. Todas as Honda sofrem com esse pneu dianteiro. Talvez fosse cedo demais para usar o pneu médio”, ponderou.
 
“Também nos questionamos nos boxes sobre o motivo de tantos pilotos da Honda estarem caindo. Esta foi uma das primeiras vezes que eu caí sem forçar. A nossa moto é instável nas curvas rápidas e, possivelmente, este é um dos pontos fracos. Temos de tentar entender o que acontece”, frisou.
 

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