Com Yamaha em versão ‘roleta-russa’, força de Márquez em Sachsenring anuncia novo embaralho na liderança da MotoGP

Outrora conhecida como a moto mais completa do grid, a YZR-M1 voltou a mostrar ranhuras em sua fortaleza, desta vem no piso molhado. Em um ano onde o time de Iwata mostra performances opostas de uma pista para outra, a conhecida força do combo Honda e Marc Márquez em Sachsenring promete um novo embaralho em um já apertado campeonato

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A MotoGP e, especialmente, a Yamaha vivem uma temporada no estilo roleta russa: uma surpresa a cada disparo. Na abertura do Mundial, a YZR-M1 ostentava orgulhosa o rótulo de melhor moto do grid, mas, às vésperas da nona etapa, o protótipo dos diapasões é tudo menos constante.
 
Depois de mostrar fraqueza na baixa aderência de Jerez de la Frontera e Barcelona, a moto do time de Iwata voltou a sucumbir, desta vez no — novo — asfalto de Sachsenring. Nem Valentino Rossi, nem Maverick Viñales e tampouco Johann Zarco conseguiram andar bem, enquanto Jonas Folger carregou a bandeira da fábrica nipônica ao sexto lugar do grid de largada.
 
Não fosse a irregularidade o bastante, o novo tropeço acontece em uma pista que veste como uma luva no combo Honda-Marc Márquez. Quarto colocado no Mundial, o #93 é, no momento, a maior ameaça para Rossi e Viñales na classificação da MotoGP.
Marc Márquez promete movimentar a classificação em Sachsenring (Foto: Honda)
Naquele que é o campeonato mais apertado em 24 anos, Márquez ocupa a quarta colocação na tabela, apenas três pontos atrás de Rossi, o terceiro, e com sete a menos que Viñales, o segundo. Além disso, Dani Pedrosa, que também conta com um histórico vigoroso em Oberlungwitz, não está nada fora briga, já que tem 28 pontos a menos que o líder Andrea Dovizioso.
 
Pronto para tudo
 

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Com um histórico reluzente na Alemanha, Márquez conseguiu conter o ímpeto de Danilo Petrucci e faturou a pole neste sábado (1). A julgar pelo currículo, o #93 já tem uma mão no troféu de vencedor, mas, ainda que não fosse assim, a atuação do fim de semana já mostra o espanhol como força de primeira grandeza.
 
Uma vitória seria importantíssima para Márquez na briga pelo título, mas não garante a liderança do Mundial ao #93.
 
“É algo que não está nas minhas mãos. Quer dizer, eu posso vencer a corrida, mas se Dovi ou Viñales terminarem em segundo, ainda fico lá [atrás deles]”, ponderou Marc. “Mas o mais importante é encontrar as mesmas sensações de hoje”, continuou.
 
“Fui muito forte de manhã e também de tarde. Vamos tentar ser competitivos desde o warm-up e aí vamos ver. Mas, claro, é um circuito em que temos algumas possibilidades para diminuir a diferença para os ponteiros”, reconheceu. “Vamos tentar. Não teremos essa oportunidade todos os fins de semana, mas a minha meta principal é tentar terminar na frente de todos eles e ficar mais próximo no campeonato”, anunciou.
 
Desilusão
 
Demorou para Dovizioso acreditar em suas chances de título, mas agora que o #4 começa a ver um futuro mais promissor, a Ducati dá um novo tropeço.
 
“Estou um pouco desiludido com o comportamento dos pneus. Nós fomos mal na água, mas não só por um motivo”, falou Andrea. “Na sexta-feira, nós conseguimos fazer 25 voltas sem problemas e hoje, depois de completar quatro ou cinco voltas sem forçar excessivamente, os pneus estavam destruídos”, relatou.
Andrea Dovizioso tem sua inédita liderança ameaçada (Foto: Michelin)
“[Danilo] Petrucci estava muito melhor do que eu na freada”, avaliou. “O positivo é que Maverick e Valentino também largam atrás. Mas as três Honda estão na frente”, comentou.
 
“Não tenho a situação sob controle, então não quero culpar ninguém. Em qualquer situação, temos de pensar em somar o máximo de pontos possível”, defendeu.
 
Na quarta fila do grid, Andrea admitiu que sua situação não é das melhores. “Não estou satisfeito com minha classificação e largar da décima posição em Sachsenring não é ideal, para dizer o mínimo. Estranho dizer, mas não conseguimos levar a situação da melhor maneira possível”. 
 
Moto de fases
 

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Foi em 1999 que os Raimundos lançaram o hit ‘Mulher de fases’. 18 anos depois, a música parece ter sido escrita por Rodolfo Abrantes e Digão para falar da YZR-M1.
 
“Complicada e perfeitinha”, a moto de Iwata mais uma vez mostra que o namoro com Viñales e Rossi “é na folhinha”.
 
Depois de um início de ano arrasador, Viñales é surpreendido pela M1 o tempo todo e quase nunca consegue entender o que se passa ao redor.
 
“No molhado, nós temos muita dificuldade. Não sei o motivo. Fiz algumas voltas atrás de Dani. Nossa moto é muito forte com a frente, na freada e entrando nas curvas. Me sinto realmente forte. Mas, de repente, quando você toca o acelerador, nós perdemos demais. Nossa moto não tem tração”, explicou. “Especialmente, de zero a cem, nossa moto é muito lenta. É muito estranho, porque, no seco, é totalmente o contrário”, comentou.
 
“Disse isso em Assen e também na Argentina. É um problema que temos. Precisamos resolver. A eletrônica não está funcionando bem na moto, então precisamos arrumar isso”, alertou.  “Para mim, o problema que temos no molhado tem mais a ver com a eletrônica. Ela não trabalha da maneira correta, especialmente quando aciono o acelerador. Porque o restante da moto é ótimo. Velocidade de curva, para virar… Mas quando acelero, a eletrônica não é a melhor”, sublinhou.
 
O único consolo de Viñales é rezar por uma corrida em pista seca. Mas a previsão fala em mais um dia nublado.
 
“De qualquer forma, no seco eu me sinto realmente bem. Acho que temos uma moto realmente boa. Ainda tenho de melhorar no setor dois, mas isso é comigo, a minha linha. Então estou bem curioso em relação a amanhã. Se a corrida for no seco, acho que temos um bom potencial”, completou.
 
Do fenômeno ao desastre
Valentino Rossi e Maverick Viñales se queixaram de falta de tração (Foto: Michelin)
À frente do companheiro no grid de largada, Rossi não pareceu lá muito animado com a nona colocação, especialmente por considerar que a M1 tem um humor, digamos, instável.
 
“A moto foi mais constante nos anos anteriores. Este ano, a Yamaha muda muito de uma pista para outra, e você são sabe o que esperar”, declarou. “No seco, não vamos mal, mas no molhado, todas as Yamaha, exceto [Jonas] Folger, sofrem muito. Em 2006, eu venci aqui saindo de 11º, mas o problema é o ritmo. Se você tem um bom ritmo, pode ir escalando, mas com o ritmo que temos, vai ser difícil”, admitiu.
 

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“Numa corrida você pode estar na merda e na seguinte você se vê na frente, o que é frustrante, porque numa semana você é um fenômeno e na outra um desastre”, resumiu.
 
“Não sabemos o que se passa. Zarco, com a mesma moto, fez a pole há uma semana e aqui está em 19º”, exemplificou.
 
Falando à imprensa pouco depois do treino classificatório, Rossi disse desconhecer o problema de Viñales, mas o italiano, que voltou a sofrer com uma falha da M1 nesta manhã, apontou a mesma falta de tração como dificuldade.
 
“Não sei o problema de Maverick, mas temos problemas em aceleração, não tracionamos”, afirmou. “Tive problemas com a minha moto favorita e isso também não ajuda”, continuou.
 
Cheio de motivos comemorar
 
Enquanto a dupla da Yamaha busca razões para uma performance tão irregular, Danilo Petrucci está cheio de motivos para comemorar. Além de brigar pela pole neste domingo, o #9 ainda garantiu sua permanência na Pramac com um contrato direto com a Ducati.
 
“Estou muito feliz em estar aqui, pois foi uma verdadeira briga”, comentou. “Eu sabia que poderia estar aqui. Foi uma bela briga com Márquez. Estou feliz em largar da primeira fila, desde o ano passado eu estou tentando alcançar esse resultado neste circuito”, explicou. 

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“Para amanhã, veremos como estará o clima, mas eu me sinto confiante tanto no seco quanto no molhado”, avisou.
 
Correndo por fora
 
Terceiro no grid, Dani Pedrosa corre por fora na briga pelo Mundial, mas mostrou boa forma em Sachsenring e pode aproveitar o tropeção dos demais para se reposicionar na disputa.
 
“Marc está muito forte, sempre pilota bem aqui e ganhou sempre nos últimos anos. Também é um circuito onde eu venci e pilotei bem nos últimos anos. Nós tentamos buscar o melhor acerto, rodamos bem tanto no molhado quanto no molhado e isso é muito positivo depois de Assen”, avaliou. 
 
Ainda sem uma definição sobre os pneus que vai usar, Dani também considerou que é difícil apontar fraquezas em Márquez, mas deu sua receita para tentar combater o companheiro de Honda.
 
“A verdade é que Marc tem muitos pontos fortes, mas vamos tentar gerir bem a corrida, tentar ser agressivos no principio e aquecer bem os pneus”, explicou. “Temos um rival muito forte, mas não podemos esquecer que tem mais pilotos na pista. Teremos de manter muito a concentração, porque são muitas voltas e o circuito é muito revirado, então teremos de estar atentos”, finalizou.
 
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