Competitividade, reação e muitas quedas: MotoGP abre trabalhos em Le Mans com sexta-feira movimentada

O primeiro dia de treinos para o GP da França não decepcionou: cinco das seis fábricas do grid conseguiram lugar no top-8, Jorge Lorenzo mostrou reação com a Honda e festival de quedas marcou presença no TL2

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A MotoGP viveu um primeiro dia agitado em Le Mans nesta sexta-feira (17). Com previsão de chuva para sábado, os pilotos se empenharam em buscar tempo, e Maverick Viñales, dono da melhor marca do dia, foi apenas 0s243 mais lento que o recorde do circuito Bugatti.
 
Além do ritmo veloz, também chamou atenção o volume de quedas deste primeiro dia: Jack Miller caiu duas vezes, os irmãos Espargaró também foram ao chão, assim como Cal Crutchlow, Joan Mir e etc.
 
Mas não foi só isso. Ainda na primeira atividade do dia, Valentino Rossi teve de parar a YZR-M1 após a corrente quebrar. Um problema bastante atípico na Yamaha.
Maverick Viñales cravou o melhor tempo em Le Mans (Foto: Divulgação/MotoGP)

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Entre os destaques desta sexta, a reação de Jorge Lorenzo. O #99 caiu e fechou o TL1 apenas com o 14º tempo, mas ganhou dez posições na parte da tarde e fechou o dia com 0s288 de atraso para Viñales ― e só 0s098 mais lento que Marc Márquez.
 
Depois de um fim agitado de TL2, a tradicional competitividade da MotoGP ficou mais uma vez evidente. Cinco das seis fábricas conseguiram vaga dentro de um top-8 separado por 0s704 ― duas Yamaha, duas Honda, duas Ducati, uma KTM e uma Aprilia.
 
A única exceção foi a Suzuki, que fez seu melhor tempo com Joan Mir, que ficou em 15º, 0s063 melhor que Álex Rins, o 16º. Vice-líder do Mundial, com apenas um ponto de atraso para o líder Marc Márquez, o #42 não se mostrou minimamente preocupado.
 
“Sabemos que nos treinos eu não sou tão competitivo quanto na corrida”, comentou Rins. “Não estou nada preocupado e tampouco a equipe”, frisou.
 
Dono da melhor marca do dia, Viñales se mostrou animado, especialmente por considerar que começou os trabalhos em Le Mans tão vem quanto em 2017, quando venceu.
 
“Me encontrei tão confortável quanto em 2017. Levamos a moto por uma linha que eu gosto”, comentou Maverick. “No TL4 de Jerez nós demos um grande salto. Foi uma questão de acerto que me permitia parar muito melhor a moto e, como consequência, virar um pouco mais”, relatou.
 
Ainda assim, o #12 sublinhou que são muitos os pilotos fortes em Jerez, inclusive Márquez e Fabio Quartararo.
 
“Têm muitos pilotos fortes, como Marc e Fabio, que também rodou muito bem”, indicou. “A sensação que eu tenho é muito boa, porque posso forçar do meu jeito. É importante dar voltas e entender a moto para tirar esse extra de la Yamaha”, defendeu.
 
Assim como o ‘top gun’, Márquez também completou o dia satisfeito,mas ainda com, uma pendência: a escolha de pneus.
Jorge Lorenzo está no centro de rumores em Le Mans (Foto: Divulgação/MotoGP)
“Estou contente com o ritmo que temos. Agora temos de finalizar tudo e escolher o melhor pneu para domingo, porque vemos que muitos se destacaram com o macio”, disse Marc. “Tanto a minha posição quanto o quarto lugar do Jorge são muito positivos”, continuou.
 
O líder do Mundial avaliou que a Honda está na briga pela vitória, mas a Yamaha vem bem desde Jerez e a Ducati deve crescer ao longo do fim de semana.
 
“Acho que Dovizioso e a Ducati vão chegar. As Yamaha estão muito fortes desde Jerez”, considerou. “Nós vamos bem e, se a corrida fosse hoje, seria uma moto para vencer. O rival mais constante que tenho agora parece ser Dovizioso”, opinou.
 
Dono do quinto melhor tempo, Dovizioso avaliou que a Ducati começou forte o fim de semana, mas indicou que existem mais pilotos na briga pelo GP da França do que no ano passado.
 
“Nós acabamos de começar o fim de semana, mas as minhas sensações na moto são bem boas”, falou Andrea. “Em comparação com o ano passado, no entanto, têm mais pilotos competitivos, então tem um pelotão lutando pelas posições top, mas somos parte disso”, seguiu.
 
“Nós ainda precisamos melhorar alguns detalhes para podermos manter o ritmo que temos em mente. Nós tentamos acertos diferentes e avaliamos varias opções de pneus, demos um passo à frente no Tl2, mas ainda temos margem de melhora e vamos precisar ser inteligentes para reunir todos os dados que coletamos para sermos ainda mais competitivos amanhã e nos prepararmos para corrida da melhor maneira possível”, alertou. 
 
Lorenzo, por outro lado, teve um dia muito mais tumultuado. O #99 se vê em meio a rumores de uma substituição na Honda, ainda que a informação publicada pelo diário ‘AS’ tenha sido negada de forma veemente por Alberto Puig, chefe do time, e pelo próprio piloto.
 
“Acho que é injusto que publiquem algo sem dar nome e sobrenome da fonte que supostamente deu essa notícia. Acho que não é bom, prejudica um atleta. Mas, de tarde, não estava pensando nisso. Foi mais a queda e terminar em 14º que me fez resistir”, declarou Jorge. “Pessoalmente, acho que se têm valor em publicar uma informação tão importante, você tem de escrever com fundamento e isso não foi feito. O pior é que as pessoas acreditam e outros jornalistas também”, lamentou.
 
Apesar do momento tumultuado, o piloto de Palma de Maiorca focou no trabalho e conseguiu dar um passo à frente, especialmente com uma mudança para o assento tradicional da RC213V.
 
“Sigo testando coisas, sigo sem me encontrar completamente confortável com a moto, especialmente na freada. Nós testamos algo novo e, em seguida, fui mais rápido e me senti melhor”, explicou. “Era algo que eu queria provar bem. Em Jerez, eu pude provar um pouco no fim do teste e saiu mais ou menos bem. Mas falta muito, foi só um passo”, mnimizou.
 
“O importante será a corrida, que é quando os pontos são distribuídos. Não adianta nada fazer um bom treino e acabar em décimo ou 12º, o importante é ser rápido e ter o melhor ritmo”, defendeu. “Nós fizemos isso hoje, mas temos de seguir mostrando isso. Temos de seguir buscando coisas para estar mais cômodo na moto e ver a minha melhor versão, que, no momento, ainda não foi vista”, reconheceu.
 
Quem também não teve um primeiro dia fácil foi Valentino Rossi. O italiano enfrentou uma quebra pela manhã e, depois, ficou apenas em 14º, uma posição arriscada considerando a previsão de chuva para sábado.
 
“A corrente da moto se rompeu. Esperamos que isso não se repita. Normalmente, as correntes não partem, então é melhor que alguém tenha cometido um erro”, disse Rossi.
 
O italiano lembrou que foi o melhor entre os pilotos da Yamaha em Austin e Argentina, mas agora está atrás até mesmo da dupla da SIC.
 
“Em Austin e na Argentina, eu era a melhor Yamaha. Aqui, sou a pior classificada, atrás de Quartararo e Morbidelli”, falou. “Eu esperava ser mais rápido. Desde esta manhã, as sensações não são as melhores”, comentou.
 
“De tarde, nós tentamos algumas coisas novas para tentar melhorar, mas não encontramos nenhuma solução. Fiz só uma tentativa de volta rápida e amanhã de manhã, se estiver seco, teremos de tentar estar entre os dez primeiros”, projetou. “Se eu tivesse dado uma segunda volta rápida, certamente teria me aproximado”, completou.
O GP da França de MotoGP está marcado para o domingo, às 9h (de Brasília). O GRANDE PRÊMIO acompanha tudo AO VIVO.
 

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