Crutchlow nega que lesões em série sejam sinal para aposentadoria: “Não acredito nisso”

Britânico voltou a dar sinais de que quer seguir na MotoGP na temporada 2021. De saída da LCR Honda, o piloto de Coventry já mostrou interesse na vaga da Aprilia

Cal Crutchlow negou que as lesões em série sejam um indicativo de que está na hora de se aposentar da MotoGP. O piloto de 34 anos já manifestou interesse em defender a Aprilia na temporada 2021.

No último ano com a LCR Honda ― já que será substituído por Álex Márquez ―, Cal vive uma temporada para lá de tumultuada. Na abertura do Mundial, no GP da Espanha, o britânico fraturou o punho esquerdo em uma queda. Depois, passou a sentir os sintomas da síndrome compartimental, o que o levou a uma cirurgia antes da rodada dupla de Misano. A recuperação, porém, não saiu como esperado, forçando o inglês a perder as etapas na Riviera de Rimini.

Na quarta-feira, Crutchlow foi ao circuito para uma avaliação médica e conseguiu liberação para correr, já que o braço estava bastante melhor. Contudo, na saída do escritório onde são feitos testes de coronavírus, o piloto teve um incendente que o deixou com os ligamentos do tornozelo lesionados.

Cal Crutchlow conseguiu liberação para correr (Foto: LCR)

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Questionado se vê a sequência de lesões como um indício de que é melhor pendurar o capacete, Crutchlow respondeu: “Não acredito nisso. Acredito em trabalho duro, dedicação e empenho”.

“Se você está me dizendo: ‘Seu corpo está te pedido para parar, se aposentar e blá-blá-blá’, eu não vejo as coisas desse jeito”, frisou. “Você recebe aquilo que dá. No momento, talvez a sorte não esteja do meu lado, mas tomara que isso mude logo e eu continue a ser rápido. Mas o que for para ser, será. É nisso que eu acredito”, continuou.

“Se não puder ser competitivo, então, vou parar. Se tiver o trabalho que quero no próximo ano, então, terei. Do contrário, que seja ― é a vida”, comentou.

Ainda, Cal explicou as circunstâncias do acidente que resultou em uma lesão nos ligamentos do tornozelo.

“Eu empurrei a porta do escritório e ela não tinha nenhuma resistência”, contou. “Então, eu meio que tropecei e caí, mas o degrau era muito, muito alto, e caí em cima do meu tornozelo. Ouvi um estalo e sabia que era o osso ou algo assim. Levantei e comecei a caminhar, e aí notei que os ligamentos estavam realmente danificados”, recordou.

“Voltei para o carro e liguei para o Dr. [Xavier] Mir e ele disse: ‘Você está brincando?’. Como você pode imaginar, eles acharam que eu era lunático, mas aí olhei para o tornozelo e vi que estava do tamanho de uma bola de golfe”, relatou.

O britânico contou que passou a noite em tratamento para tentar a liberação médica para correr na Catalunha.

“Passei a noite com gelo no tornozelo. Ainda está inchado, completamente preto, mas nem um quarto do tamanho que estava ontem”, concluiu.

O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do GP da Catalunha, nona etapa do Mundial de Motovelocidade 2020.

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