No fim de 2018, Jorge Lorenzo conseguiu uma permissão da Ducati para realizar o primeiro teste dele com a moto da Honda enquanto ainda estava sob contrato. Em Valência e Jerez, o tricampeão da MotoGP entendeu bastante a RC213V. Segundo ele, ficou mais seguro em cima dela do que em qualquer momento com a Desmosedici.
Apesar de andar com a moto, a Ducati proibiu que Lorenzo falasse com a imprensa. Agora, em janeiro e já com o contrato com a Honda em vigência, ele deu seus primeiros comentários. A moto da marca japonesa, ele avalia, é mais compacta e permite que ele se aproxima do solo durante as curvas. Dá segurança.
"Temporada passada eu estava numa moto completamente diferente. Era muito grande e muito alta, talvez alta demais para mim. A Honda se encaixa melhor comigo em termos de dimensões. É mais compacta e eu alcanço o chão melhor nela", explicou.
"Sinto-me mais seguro entrando nas curvas, porque o mais perto você fica do chão, mais confiança tem. A primeira impressão foi positiva e vi muito potencial", afirmou.
Jorge Lorenzo (Foto: Divulgação/MotoGP)
Lorenzo também se espantou com a resposta rápida da Honda a pedidos feitos por ele.
"Uma das coisas que me impressionou foi a habilidade da Honda reagir, dar o que você pedir. Eu fui claro, a Honda anotou minhas indicações e após alguns dias tinha tudo que eu havia pedido. E andamos com o tanque quase a 100% a meu pedido", contou.
Sobre a disputa com o atual campeão mundial e piloto principal da Honda, Marc Márquez, vibrou com a oportunidade. O clima entre os dois, ao menos por enquanto, é de encorajamento.
"Todos os pilotos contam com pontos fortes e fracos. Marc também. Eu vou tentar aprender com as maiores forças e imagino que ele fará o mesmo comigo. Vamos nos empurrar para a frente. Eu vou querer vencê-lo e ele vai querer me vencer, isso sempre faz o time crescer e ajuda a dar um novo progresso técnico para a moto", encerrou.
A temporada da MotoGP começa no dia 10 de março, direto do Catar.