De saída, Lorenzo fala em “história inclassificável” com Ducati e admite: “Pensei na aposentadoria”

Jorge Lorenzo já está em clima de despedida da Ducati. Na quinta-feira, reuniu o time para fazer um discurso e aproveitou para passar um emocionante vídeo narrado em primeira pessoa, onde ressaltou todos os altos e baixos que viveu nas duas temporadas dentro da esquadra italiana

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O final de semana em Valência está recheado de emoções para Jorge Lorenzo. Após dois anos com a Ducati, a prova final de 2018 encerra a parceria entre a equipe o espanhol, que aproveitou para fazer um longo e emocionado discurso para o time.
 

Na noite da quinta-feira (15), o #99 aproveitou para dizer belas palavras para todos os membros da esquadra italiana, inclusive Andrea Dovizioso, que estava presente ouvindo. Ao final, ainda presenteou o pessoal de seu lado do box com capacetes e relógios.
 
No entanto, o ponto alto do momento foi um vídeo gravado pelo espanhol onde, em primeira pessoa, fez uma recapitulação dos 24 meses que passou dentro da escuderia de Borgo Panigalle, citando todas as conquistas e as tantas dificuldades que enfrentou. “Existem histórias que são felizes, outras que são tristes, e existem aquelas que são inclassificáveis, como minha história com a Ducati”, começou.
Lorenzo também ganhou um presente da equipe (Foto: Reprodução)
“O desafio era tão difícil como bonito: conseguir ser campeão com a Ducati. Estava consciente da dificuldade, mas o choque quando testei a moto foi muito maior do que imaginava. Pouco a pouco fui entendendo que todas as habilidades que me permitiram ser campeão do mundo, esta vez não iriam servir. Restava trabalhar muito e aprender de tudo e de todos”, continuou.
 
Jorge falou também como sua segunda temporada ao lado da Ducati começou ainda mais difícil, chegando a cogitar abandonar o esporte, pois não poderia sustentar mais a situação. “Sofria para terminar entre os 10 primeiros, não estava rápido, não tinha ritmo e o pior, estava exausto. Um pesadelo. Nas primeiras quatro corridas somei apenas seis pontos. Meu pior início na MotoGP. O ponto crítico foi em Le Mans”, falou.
 
“Depois de liderar a corrida, acabei perdendo posições e terminei em sexto. A situação era crítica e minha carreira estava em perigo. Poderiam me querer fora com 31 anos após tudo o que havia conquistado? A resposta era sim. Durante alguns dias, a aposentadoria rondou minha cabeça, mas a ideia de deixar o esporte me deixava ainda mais triste. Mas não era o momento. Queria mostrar que podia voltar a vencer”, continuou.
A despedida de Lorenzo (Foto: Reprodução)
Até que finalmente a vitória veio para mostrar como o espanhol ainda era competitivo, como indicou. “Sexta corrida em Mugello, meu circuito talismã. Apesar dos resultados, pouco a pouco ia me encontrando na moto. Uma peça nova para o motor, uma nova carenagem, alguns ‘poderes mágicos’. E no domingo chegou minha oportunidade e não iria desperdiçar. Saí e tudo deu certo, havia conseguido. Nunca havia gritado tanto dentro do capacete em minha vida. Não há vitória mais bonita e especial do que ganhar na Itália com a Ducati”, frisou.
 
“Voltei a vencer em Montmeló e em Brno voltou a aparecer o Lorenzo mais agressivo, aquele das 125 cc e 250 cc. Na Áustria, seguimos com a tradição de vitórias batendo o melhor Márquez. Éramos reis do mundo. Nas corridas, como na vida, as decisões são tudo. Uma boa ou má decisão e tudo muda. Em Aragão, depois de conseguir minha terceira pole-positon consecutiva caí na primeira curva, me lesionando os dedos do pé. Ali começou meu calvário de lesões que me impediram de realizar o adeus dos sonhos”.
 
“Graças ao brilhantismo e trabalho duro de todos os engenheiros e integrantes da fábrica, conseguimos que a GP18 seja considerada a melhor moto do grid. Isso é um legado que sinto que faço parte e vou me lembrar com muito orgulho. Por uma última vz, Forza, Ducati. Ciao Belli Ciao”, encerrou.

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