Depois de reunião no Catar, MotoGP anuncia adoção de centralina padrão a partir da temporada 2016

A Comissão de Grandes Prêmios do Mundial de Motovelocidade aprovou por unanimidade a adoção para todos os atuais e potenciais participantes da MotoGP o uso da centralina única e do software padrão a partir da temporada 2016

A MotoGP vai viver uma dramática mudança de regras a partir de 2016. A dois dias do início do Mundial de Motovelocidade no Catar, a Comissão de Grandes Prêmios aprovou nesta terça-feira (18), por unanimidade, um conjunto de novas regras, incluindo o uso da centralina única e software padrão para todos os competidores, em um caminho semelhante ao tomado pela F1 há alguns anos.

A Comissão é composta pela Dorna, a empresa que organiza e promove o Mundial, a FIM (Federação Internacional de Motociclismo), a IRTA (Associação Internacional das Equipes de Corrida) e a MSMA (Associação das Fábricas de Motocicletas Esportivas).

O texto da aprovação afirma também que todos os "atuais e potenciais participantes da classe rainha terão de colaborar na concepção e no desenvolvimento do software da unidade única de controle eletrônico".

MotoGP terá centralina única a partir de 2016 (Foto: Yamaha)

A decisão acontece após longas discussões sobre o futuro da eletrônica na MotoGP. A Honda, grande opositora da adoção da centralina única, chegou até ameaçar deixar o campeonato se a regra fosse imposta. Já a Ducati, que também foi alvo de críticas da montadora nipônica, ajudou a Magneti Marelli a desenvolver uma especificação do software, antes de anunciar que vai usar a centralina padrão a partir desta temporada. A medida visa a redução de custos do Mundial.

A Comissão também promoveu alguns ajustes nas regras deste ano, no que diz respeito à categoria Fábrica e ao regulamento Aberto. "Com efeitos imediatos, um Construtor inscrito sob a opção Fábrica do regulamento e que não tenha conquistado uma vitória com pista seca no ano anterior, ou ainda um novo Construtor que entrar no Mundial, terá direito a usar 12 motores por temporada, sem congelamento, 24 L de combustível e a mesma distribuição de pneus e também a possibilidade de testar dentro das regras do campeonato Aberto. Esta concessão é válida até 2016. "

Assim, a nova regra dá a uma equipe de fábrica ou a uma nova montadora a chance de competir com os privilégios do regulamento Aberto. Portanto, a opção da Ducati agora parece desnecessária, que já não vence desde 2010. Enquanto isso, a Suzuki, que vai retornar ao Mundial em 2015, poderá se valer desse item do livro de regras.

Porém, os benefícios serão retirados no caso de sucesso regular do dito Construtor. Ou seja, "caso qualquer piloto, ou combinação de pilotos dentro do item anterior, vença uma corrida, obtenha dois segundos lugares ou três presenças no pódio em condições de piso seco durante a temporada 2014, então esse Construtor terá reduzida a capacidade do tanque para 22 L. Mais, caso o mesmo Construtor obtenha três vitórias, perderá o direito de usar os pneus macios da classe Aberto".

A empresa italiana Magneti Marelli é a responsável pela centralina padrão fornecida pela Dorna (Foto: Ducati)

Em contraste com o regulamento de Fábrica, em que as equipes correm com 20 L de combustível no tanque e possuem cinco motores por temporada com desenvolvimento limitado, as motos sob as regras do Aberto tem permissão de uso de 12 motores, com evolução livre, 24 L de combustível e pneus mais macios, além a obrigatoriedade do uso da centralina padrão da Dorna, fornecida pela italiana Magneti Marelli.

O Mundial tem início neste final de semana, com a etapa noturna em Losail, no Catar.

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da MotoGP direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.