Derrubado em Barcelona, Lorenzo critica postura de Iannone: “Nunca foi ele. Sempre é azar ou culpa de outro”

Jorge Lorenzo não escondeu sua irritação com Andrea Iannone. Neste domingo (5), durante uma disputa pelo quinto lugar, o piloto da Ducati atingiu o rival por trás, provocando o abandono do #99. Como consequência, o representante da Yamaha perdeu a liderança da MotoGP para Marc Márquez.

 

Falando à emissora espanhola Movistar +, Lorenzo contou que saiu do acidente com muitas dores no quadril e demorou para ver que não tinha sofrido nenhuma fratura.

“Foi muito importante ver que era só um golpe e que eu não tinha nenhuma lesão no quadril e nem na clavícula. O quadril doía e me custou ver que não tinha quebrado nada”, contou. 

 

Apesar da perda da liderança, Lorenzo falou que o que mais incomoda é ver que o italiano sequer se desculpou. De acordo com o #99, Andrea chegou perguntando se a M1 tinha dado algum problema.

 

Mesmo punido pela direção de prova, Iannone se isentou de responsabilidade e acusou Lorenzo de estar muito lento no momento no topo.

 

“O que mais me incomoda é que, depois da queda, ao invés de pedir perdão e aceitar a culpa, ele me perguntava se tinha acontecido algo com a minha moto, se tinha quebrado o motor ou algo assim”, contou. “Ele sempre tem esse comportamento. Nunca foi ele. Sempre é azar ou culpa de outro piloto. Mas do que pelo erro, que todos podemos cometer, mesmo que seja pela segunda vez, é porque ele nunca os aceitas”, criticou.

 

“Ele não teve a coragem ou a consciência de dizer que errou ou me pedir perdão. É o mínimo que ele podia fazer [Paolo] Ciabbatti foi até a Yamaha para pedir perdão, mas não o piloto. É uma atitude ruim”, disparou.

 

Além de criticar Iannone, Lorenzo disparou contra o sistema e afirmou que o carnê de pontos não é justo, uma vez que exige uma série de infrações.

 

“O carnê de pontos, ao invés de aplicar sanções mais graves, é o contrário. Você precisa fazer coisas muito mais loucas ou graves para receber uma sanção justa”, avaliou. “O futebol é, por exemplo, um esporte muito menos arriscado e você faz uma entrada dura, recebe cartão vermelho e perde uma partida. O carnê de pontos não é o mais adequado para tentar que os pilotos que não têm consciência do risco que podem causar aos demais realmente se recapacitem e mudem de atitude”, avaliou.

 

“Eu sempre disse: aqui nós arriscamos a vida. Tive muita sorte de não fraturar o quadril ou a clavícula”, comentou. “Andrea vai largar em último na próxima corrida e em cinco ou sete voltas vai recuperar as posições que seu ritmo permita”, completou.

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