Diretor admite que Ducati precisa de “situação especial” por título, mas celebra “maior número de pódios em dez anos”

Dez anos após a conquista do título mundial, a Ducati voltou ao topo da MotoGP. Às vésperas da etapa final da temporada 2017, o time de Bolonha segue na briga pelo título do Mundial de Pilotos, com Andrea Dovizioso exibindo um atraso de 21 pontos para Marc Márquez, o líder da disputa.

 

Com 25 pontos ainda em jogo, Paolo Ciabatti, diretor de projeto da Ducati, reconheceu que Dovizioso tem uma “montanha realmente grande” para escalar e, por isso, precisa de circunstâncias especiais na corrida de domingo, mas nem por isso deixou de fazer um balanço positivo da temporada.

 

Segunda colocada no Mundial de Construtores, a Ducati soma 15 pódios em 2017, considerando aí as seis vitórias de Dovizioso, mesmo número obtido por Márquez ao longo do ano.

A satisfação com o ano de Dovizioso contrasta, porém, com a decepção pela forma de Jorge Lorenzo, especialmente na primeira parte do ano.

 

“Claro que estamos muito felizes. É nosso maior número de pódios em dez anos”, disse Ciabatti em uma entrevista coletiva acompanhada pelo GRANDE PRÊMIO nesta sexta-feira (10) em Valência. “Nós vencemos seis corridas com Dovizioso, então, obviamente, foi uma conquista fantástica”, seguiu. 

 

“Por outro lado, estamos com mais dificuldades do que o esperado com Jorge, principalmente na primeira parte da temporada, mas, no fim, depois que introduzimos o novo pacote aerodinâmico, ele encontrou a sensação que estava procurando e tem melhorado corrida a corrida, então esperamos que agora ele esteja pronto para lutar pelo pódio aqui em Valência”, comentou. “Na próxima temporada, nós estamos muito confiantes de que poderemos atingir o resultado com os dois pilotos”, afirmou.

 

O dirigente da fábrica de Borgo Panigale também fez elogios a Danilo Petrucci, responsável por quatro dos pódios vermelhos deste ano, e reconheceu que Dovizioso tem um trabalho duro pela frente neste fim de semana.

 

“Também temos de ficar felizes com Danilo Petrucci, porque ele esteve no pódio quatro vezes ― duas vezes em segundo e duas vezes em terceiro”, exaltou. “Acho que no momento a Ducati está muito feliz com a temporada, mesmo que saibamos que no domingo é uma montanha realmente grande para escalar e precisamos que aconteça uma situação especial. Mas, mesmo assim, chegar na última corida ainda lutando pelo campeonato é um ótimo resultado”, concluiu.

 

O GRANDE PRÊMIO cobre a decisão in loco em Valência com a repórter Juliana Tesser. Acompanhe aqui todo o noticiário.