Dovizioso tem seis meses de sonho, testa limites de Márquez e se torna nova estrela da MotoGP em impressionante 2017

Andrea Dovizioso entrou na temporada com apenas duas vitórias em nove anos na categoria rainha do motociclismo. De repente, em apenas seis meses,alcançou seu auge, se tornou uma estrela e ameaçou o gênio Marc Márquez

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Ver Andrea Dovizioso no segundo lugar do pódio após a corrida de abertura no Catar não era novidade quando ocorreu em março, repetindo a cena de 2016. Em seguida, o italiano abandonou na Argentina e não passou de um quarto lugar nas três corridas seguintes. Parecia o Dovi de sempre: bom, mas não o suficiente para brigar entre os melhores – ao mesmo tempo em que jamais cairia para trás do meio do grid. Um bom parceiro para Jorge Lorenzo, que chegou a Ducati para ser seu companheiro. 

O que aconteceu a partir de então, com as vitórias na Itália e na Catalunha, é que surpreendeu o mundo. Desde junho, ninguém duvida que Dovi é um dos grandes. Que, mesmo aos 31 anos, ainda tem tempo de brilhar na MotoGP. Seu passado de coadjuvante? Parece distante. Hoje, Dovizioso é estrela. Ainda não é possível dizer que se trata de uma "memória afetiva" pelo que foi visto nos últimos seis meses. Ou se ele voltará ao seu normal a partir do começo de 2018, como acontece com tantos atletas após um "brilhareco", após um ano de auge.

O mistério seguirá. Mas o GRANDE PRÊMIO relembra, aqui, o ano de 2017. E, nele, o que foi visto foi o nascimento de um astro chamado Andrea Dovizioso.

Dovizioso acena para os fãs de cima do pódio, local em que esteve oito vezes no ano (Foto: Michelin)

É curioso como Maverick Viñales abriu a temporada com três triunfos em quatro corridas e, logo após sua última vitória, a Yamaha parou, dando espaço para a Ducati subir. Se a casa de Iwata foi até candidata ao prêmio de 'decepção do ano' no GP, Dovizioso soube aproveitar a brecha. O curioso é que, naquele mês de junho, nem Dovi acreditava no que viveria a partir de então.

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"Não posso dizer: ‘Agora vamos lutar pelo campeonato’. Sou sempre realista. Muitas pessoas me chamam de negativo, mas eu chamo de realista. E, até agora, podemos ser realmente rápidos em algumas corridas, mas nossa base em 18 corridas não é boa o bastante. (…) Pensar em lutar com eles (Honda) todos os fins de semana e chegar no fim do campeonato e lutar pelo título, vai ser difícil”, declarou. Ele estava muito enganado.

Uma semana depois, lá estava ele ganhando novamente, na Catalunha. E algo inédito em sua vida viria em seguida: a liderança do Mundial de MotoGP, com o quinto lugar em Assen – mais uma vez, contando com queda de desempenho da Yamaha, já que o então líder Viñales abandonou após queda.

Andrea Dovizioso celebra vitória (Foto: Michelin)

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Foi na Holanda que a mentalidade de Dovi mudou. A esperança de título, com a tabela a seu favor e o campeonato praticamente na metade, não era absurda de se ter.

"Eu sempre corro pensando no campeonato. Também quando estou lutando pela sexta colocação. Nunca fiz uma loucura durante a corrida sem pensar no campeonato. Acho que os pilotos mais rápidos sempre correm pensando no campeonato. Então não vou mudar isso e não tenho de mudar isso. Claro, confirmamos o que fizemos nas últimas duas corridas. Confirmamos aqui que podemos lutar. Isso é apenas uma motivação e confiança para levar para as outras corridas e para o futuro do campeonato."

Em seguida, Dovizioso foi o que costumava ser – aparentando voltar a chamada 'teoria do retorno à média', que indica que toda evolução (ou queda), com o tempo, retorna à média usual. Os 8° lugar na Alemanha e o 6° em Brno já se mostravam decisivos na briga pelo título à época – e Dovi leu esta situação muito bem.

No GP da Tchéquia, ele sofreu com a falta de preparo da Ducati, que não deixou as motos reservas prontas durante flag-to-flag.  “Esses erros podem definir o Mundial, mas esperamos que não”, disse então, acertando em cheio na análise.

Andrea Dovizioso e Marc Márquez brigaram pelo título até a última etapa (Foto: Repsol)

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Dali até o final, Dovi ganharia quatro vezes, uma a mais que Márquez, e abandonaria em uma corrida, tal como o espanhol. Ele testou os limites do tetracampeão: até o fim, Márquez não pôde cometer erros, pois entregaria o título. O problema é que, com um final de temporada tão igual, foram exatamente os erros de antes que custaram o título ao italiano – como ele previu.

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Foram dois pontos cruciais para que Dovi, em sua melhor temporada da carreira, não conseguisse impedir o gênio Márquez de ficar à sua frente. Nas quatro vitórias da Tchéquia até o fim do campeonato, o máximo que Márquez ficou atrás foi um quarto lugar, na Malásia – tirando o abandono em Silverstone. Já quando Márquez ganhou, Dovi sofreu: foi apenas sétimo em Aragão e, na corrida que decidiu o destino de ambos no campeonato, foi 13° na Austrália.

Na segunda volta, o #4 errou a freada na Doohan, a primeira curva do circuito de Victoria, e despencou para o 20º posto. Dovizioso chegou a escalar até a 11ª posição, mas recebeu a bandeirada apenas em 13º.

Andrea Dovizioso (Foto: Ducati)

Mas a semente foi plantada. Dovizioso, hoje, ao menos em teoria, é quem pilotou melhor e quem tem mais moto para competir com Márquez. Claro, mudanças ocorrerão, principalmente na Yamaha. Lorenzo se acostumará com a Ducati e deve se igualar ao companheiro. Mas, como dito, tudo no campo teórico.

Dovi já vê o próximo ano de forma positiva, mudando o discurso com o qual estava acostumado. Agora, ele quer sonhar com título: "Acho que os competidores vão olhar para nós de uma maneira um pouco diferente do que no início desta temporada."

Se, como deseja, a Ducati melhorar sua moto em curvas, ele promete ficar lá em cima. E não mais voltar a ser o cara bom, que todos respeitam, mas que sabem que não está na briga real.

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