Ducati agradece Zarco por não atacar Bagnaia na Tailândia: “Poderia ter sido arriscado”

Chefe da Ducati Corse, a divisão de corridas da marca de Bolonha, Gigi Dall’Igna agradeceu Johann Zarco por não ter tentado tomar o terceiro lugar de Francesco Bagnaia no GP da Tailândia do último domingo (2). Na visão do dirigente, a tentativa de ultrapassagem poderia “ter sido particularmente arriscada” por conta da pista molhada.

Na prova em Buriram, Johann conseguiu chegar em Bagnaia após passar Marc Márquez nas voltas finais da corrida, mas optou por não tentar atacar. Após a corrida, o piloto da Pramac assumiu que fez a opção de não atacar e afirmou que arriscaria por uma vitória, mas não por um pódio.

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Em um post no LinkedIn, Dall’Igna fez um balanço da corrida tailandesa e comentou que a postura de Zarco fez a diferença. O ‘pai’ da Desmosedici considerou que, ainda que Miguel Oliveira tenha sido o vencedor, o GP da Tailândia deixou sabor de vitória, já que o desempenho ruim de Fabio Quartararo, que não pontuou, colocou a Ducati de vez na briga pelo título.

“Uma enorme satisfação. Claro, os resultados de hoje são equivalentes a uma vitória completa, e isso não é uma banalidade qualquer”, escreveu Gigi. “Foi, de fato, uma corrida dura, que ficou ainda mais complicada por causa das condições climáticas, que impuseram uma pressão imensa na corrida, que já era muito importante para o campeonato”, seguiu.

“Foi um trabalho excelente, combinado com ótimo espírito de equipe que permitiu que nossos pilotos dessem aquele algo extra que hoje fez total diferença”, comentou.

Gigi elogiou a atuação de Jack Miller, que, depois da vitória no GP do Japão, conseguiu um segundo lugar no Autódromo de Chang. Além disso, o engenheiro exaltou a reação de Bagnaia após o erro de Motegi, quando caiu e registrou o quinto abandono do ano.

“Jack colocou todo o coração dele, assim como todo seu grande talento, na linha, extraindo o máximo da pista molhada, fazendo uma super corrida que, depois do sucesso do Japão, o coloca de volta ao primeiro plano neste final de temporada. Pecco, de uma maneira simplesmente magistral, lidou com um desafio que conseguiu se provar decisivo para as apostas do campeonato: um teste psicologicamente delicado depois do erro dele no Japão. Sendo o verdadeiro campeão que ele é, ele conseguiu manter tudo sob controle e, ao mesmo tempo, foi extremamente rápido, como nunca antes em condições tão extremas, contra oponentes que continuaram desafiando-o a cada volta de uma corrida interminável. Foi absolutamente formidável”, elogiou.

“Isso nos dá muita motivação e uma carga mental: nós precisávamos disso e precisávamos disso agora”, reconheceu.

Dall’Igna eogiou, também, Marco Bezzecchi, que em Buriram conquistou a primeira pole-position da carreira.

“E estou satisfeito por todos os pilotos da Ducati, começando pela esplendida primeira pole-position de Bezzecchi, e terminando por um inesgotável Zarco, protagonista de um fim da corrida que valia um pódio. A Johann, um agradecimento especial por não ter tentado ultrapassar Pecco nos estágios finais da corrida, uma tentativa que poderia ter sido particularmente arriscada levando em conta as condições da pista, renunciando, portanto, de um pódio que poderia estar facilmente ao alcance dele”, agradeceu.

“Era uma oportunidade que não podíamos perder, e nós a agarramos: agora, o desfecho do campeonato vai depender, acima de tudo, de nós. Vamos continuar trabalhando como fizemos até aqui, tentando encontrar a velocidade necessária nas três corridas restantes. O sonho continua… Vamos, Ducati!”, encerrou.

A MotoGP volta às pistas no próximo dia 13, para o primeiro dia de treinos livres para o GP da Austrália, em Phillip Island. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do Mundial de Motovelocidade 2022.

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