Em baixa na Honda, Lorenzo anuncia aposentadoria da MotoGP aos 32 anos

Em uma coletiva de imprensa em Valência, Jorge Lorenzo anunciou que vai deixar a MotoGP no fim da temporada. O GP da Comunidade Valenciana será o último do #99 na classe rainha do Mundial de Motovelocidade

Uma era da MotoGP vai chegar ao fim em 2019: Jorge Lorenzo anunciou nesta quinta-feira (14) que vai deixar o Mundial no fim da temporada. O GP da Comunidade Valenciana deste fim de semana será o último do #99 no Mundial de Motovelocidade.

"Há dias que são importantes na vida de um piloto. Quando você vence sua primeira corrida, quando vence seu primeiro campeonato, e quando anuncia sua aposentadoria. A corrida desse fim de semana vai ser a minha última na MotoGP", disse Lorenzo, emocionado durante coletiva convocada de última hora em Valência.

O espanhol logo tratou de dizer onde, de fato, o fim da carreira na MotoGP começou: com a queda durante o fim de semana do GP da Holanda.

 
Aos 32 anos, Lorenzo faz uma temporada bastante aquém de suas capacidades e, assim, os rumores de aposentadoria o acompanharam ao logo de praticamente todo o ano, especialmente após um forte acidente nos treinos em Assen. Jorge, no entanto, sempre manifestou o interesse em cumprir integralmente o contrato com a Honda, que é válido até o próximo ano.
 
Nesta manhã, porém, a organização do Mundial convidou jornalistas para uma coletiva de imprensa especial às 15h (11h de Brasília), um indício de o fim se aproximava. Ao lado de Carmelo Ezpeleta, diretor-executivo da Dorna, a promotora do Mundial, Lorenzo anunciou que vai pendurar o capacete após a etapa no Ricardo Tormo.
Jorge Lorenzo (Foto: Repsol)
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Tricampeão da MotoGP ― e penta no Mundial de Motovelocidade ―, Lorenzo vê a carreira chegar ao fim em baixa. Depois de nove temporadas com a Yamaha, onde conquistou três títulos, 44 vitórias, 107 pódios e 39 poles, o piloto de Palma de Maiorca, Jorge optou por uma aventura na Ducati, mas o início difícil com a Desmosedici acabou por culminar num divórcio precoce. 
 
Ainda que tenha se entendido com o protótipo italiano e conquistado três vitórias e mais um pódio em 2018, Lorenzo não renovou com a casa de Bolonha e fechou com a Honda para substituir o ex-rival Dani Pedrosa, que se aposentou no fim do ano passado e passou a atuar como piloto de testes da KTM. O time do sonho com Marc Márquez, porém, jamais chegou a existir.
 
Enquanto o #93 se aproxima do recorde de 400 pontos e conquistou em 2019 seu sexto título na MotoGP, Lorenzo amarga apenas a 19ª colocação na tabela, com só 25 pontos. Além da falta de um bom encaixe com a RC213V, o espanhol sofreu bastante com lesões ao longo do ano e nunca esteve em plena forma para competir.
 
Em meados da temporada, enquanto Lorenzo se recuperava das lesões sofridas na Holanda, surgiram rumores de uma volta à Ducati para defender as cores da Pramac, mas o #99 acabou optando por seguir com a Honda. A situação, todavia, não melhorou.
 
Como se tudo isso não fosse o bastante, Lorenzo viu a pressão aumentar com a chegada de Johann Zarco à LCR. Fora da KTMem uma decisão pessoal que pegou todos de surpresa em meados da temporada ―, o francês foi chamado pelo time de Lucio Cecchinello para substituir Takaaki Nakagami, que teve de se afastar para uma cirurgia. O #5 aproveitou bem a chance e fez uma boa exibição nas duas corridas que fez até aqui, ganhando, inclusive, elogios de Alberto Puig, o chefe da equipe apoiada pela Repsol. 
 
Sem perspectivas de melhora, ainda que a escuderia da asa dourada prepare uma nova RC213V para 2020, Lorenzo optou por sair de cena em casa e se despedir da MotoGP em Valência.
 

O GP da Comunidade Valenciana de MotoGP está marcado para o domingo, às 10h (de Brasília). Acompanhe aqui a cobertura do GRANDE PRÊMIO.

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