Em reunião no Catar, MotoGP aprova mudanças nos regulamentos técnico e esportivo para temporada 2014

Em uma reunião realizada no Catar no último fim de semana, a Comissão de GP aprovou as modificações ao regulamento técnico que tinham sido divulgadas no ano passado. Novas regras contemplam leasing de motores da Yamaha e versão de produção da RC213V

A Comissão de GP da MotoGP, formada por Carmelo Ezpeleta, presidente da Dorna, Ignacio Verneda, diretor-executivo da FIM, Hervé Poncharal, presidente da IRTA, e Takanao Tsubouchi, representante da MSMA, se reuniu com Javier Alonso, também da Dorna, e Mike Trimby, da IRTA, no último dia 4, no Catar, e aprovou algumas mudanças no regulamento técnico para a temporada 2014.
 
As novas regras, que entram em vigor já no início da próxima temporada, haviam sido aprovadas em uma reunião realizada em Valência, em novembro, e foram confirmadas na semana passada. Esta confirmação é resultado da conclusão das negociações entre Dorna, a promotora do Mundial, Honda e Yamaha, para fornecimento de equipamento mais competitivo para as equipes menores.
Regras de 2014 foram aprovadas pela Comissão de GP (Foto: Yamaha)

Na semana passada, a Yamaha anunciou o acordo com a empresa espanhola para leasing de motores da M1 em uma configuração similar à utilizada nos propulsores da Tech3. O contrato entre Dorna e Iwata é válido até 2016.

 
No caso da Honda, a fábrica nipônica trabalha em uma versão de produção da RC213V. A proposta é de uma moto mais competitiva e com valor similar ao que é gasto atualmente pelas equipes CRT.
 
Por questões de segurança, a Comissão de GP autorizou o uso de uma especificação de disco de freio diferente, que deve ser aprovado pela direção de prova, em alguns circuitos diferentes. No momento, o recurso está liberado somente para o circuito de Motegi. 
 
Além das mudanças na classe rainha, também foram aprovadas modificações no que diz respeito ao fornecimento de motores da Moto3. A meta é reduzir o custo e garantir a igualdade entre os propulsores fornecidos pelo mesmo fabricante. 
 
A partir do ano que vem, os motores deverão sem entregues aos organizadores do campeonato pelos fabricantes em três lotes durante a temporada. Estes motores serão então lacrados e distribuídos aleatoriamente pelo diretor-técnico, se tornando propriedade do time, sem a necessidade de devolução em qualquer tipo de contrato de serviço. 
 
Completado o ciclo de utilização destes propulsores, ele será substituído por outro motor lacrado, em um total de seis unidades, que são tidas como mais do que suficiente pela organização. No fim de cada temporada, a equipe que tiver os seis motores com a quilometragem mínima utilizada, pode destiná-los a testes ou vendê-los. Este pacote de motores teve seu preço fixado em € 68 mil (cerca de R$ 176,7 mil).
 
Além disso, a concessão que permite a substituição programada de motores Honda em intervalos regulares, que envolve o rompimento supervisionado do lacre dos motores, será prorrogada até o fim de 2014. 
 
A última mudança no regulamento técnico da Moto3 diz respeito às rotações máximas permitidas. A partir de 2015, essas rotações caem de 14 mil RPM para 13.500 RPM, com a concessão para a substituição de motores sendo cancelada. 
 
O regulamento esportivo, por sua vez, também sofreu alterações. Já a partir de 11 de novembro deste ano, novas regras para testes serão introduzidas na MotoGP, restringindo o número de exercícios com os pilotos oficiais. 
 
Para a temporada 2014, seguem os tradicionais três dias de testes em um circuito europeu após a última etapa do Mundial, além de três baterias de três dias cada no período entre 1 de fevereiro e a primeira prova do calendário. Outros três dias de testes são liberados para serem realizados na segunda-feira após provas europeias que serão determinas pela Dorna e pela IRTA. 
 
Os pilotos de testes, por outro lado, seguem livres para testar em qualquer circuito de sua preferência, desde que respeitem a alocação de pneus de cada temporada. A mesma regra também é válida para as equipes CRT, que devem ter suas atividades aprovadas pela direção de prova. 
 
Os testes de Moto2 e Moto3 também foram modificados. Os testes agora ficam permitidos em qualquer circuito, com qualquer piloto, entre o último GP e 30 de novembro. Além disso, três baterias de testes são realizadas na pré-temporada, com os pilotos contratados, em circuitos europeus escolhidos pela Dorna e pela IRTA. 
 
Também, os times podem selecionar um circuito do calendário e outro traçado onde podem testar com qualquer piloto a partir de 1 de fevereiro, mas com o limite de que a atividade seja realizada até 14 dias antes da prova no local. 
 
Ainda, as categorias menores também podem testar as segundas-feiras em circuitos europeus quando esses dias não estiverem sendo utilizados pela classe rainha.
 
A última mudança diz respeito ao Código Médico da FIM (Federação Internacional de Motociclismo). Essas modificações dizem respeito a definições mais precisas dos papeis e responsabilidades do Chefe Médico, do Diretor Médico e do Representante Médico da FIM. 
 
Essa mudança oficializa, ainda, a presença da Equipe Médica do Mundial da FIM nas corridas. Essa equipe médica, especializada no atendimento de traumas severos, vai dar apoio em caso de lesões graves até a transferência para o centro médico ou para um hospital. Este time de médicos está equipado com uma unidaade intervenção rápida para atuar ao lado das equipes locais. 
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