Fausto Gresini, 1961 – 2021

Bicampeão das 125cc e chefe de equipe em Moto3, Moto2 e MotoGP, o italiano não resistiu à Covid-19 e morreu nesta terça-feira aos 60 anos

Fausto Gresini não resistiu à Covid-19. Diagnosticado no final de dezembro passado, o ex-piloto passou semanas lutando em um hospital em Bolonha, mas morreu nesta terça-feira (23), em decorrência do novo coronavírus, aos 60 anos.

Nascido em Ímola em 23 de janeiro de 1961, Fausto teve uma sólida carreira como piloto nas 125cc, mas deixou sua marca também nos bastidores, comandando equipes em Moto3, Moto2, MotoGP e MotoE.

Fausto chegou ao Mundial de Motovelocidade em 1983, defendendo as cores da MBA nas 125cc. No primeiro, conseguiu um pódio ― um segundo lugar no GP da Suécia ― e uma pole, fechando o campeonato com o nono posto. No ano seguinte, veio a primeira vitória ― na mesma pista de Anderstorp ― e o terceiro lugar na disputa.

Em 1985, a regularidade culminou com o título, que foi seguido pelo vice-campeonato em 1986. Em 87, Fausto foi amplamente dominante e venceu dez das 11 corridas que disputou para faturar o bicampeonato.

Fausto Gresini contraiu a Covid-19 após o Natal de 2020 (Foto: Reprodução)

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Nas três temporadas seguintes, as vitórias minguaram ― em 88, Fausto correu apenas seis de 11 corridas ―, mas em 1991, com equipamento Honda, Fausto voltou ao topo do pódio e conseguiu o vice-campeonato, resultado que repetiu no ano seguinte, tendo sido superado por Loris Capirossi e Alessandro Gramigni, respectivamente.

1993 e 1994 foram as duas últimas temporadas de Gresini nas 125cc e não tiveram vitórias e tampouco pódios. A despedida aconteceu com o GP da Europa, disputado em Barcelona.

Em 1997, o nome Gresini voltou ao Mundial, mas agora em outra função: a de equipe. Hoje nas quatro classes do campeonato promovido pela espanhola Dorna ― já que abriga a Aprilia na MotoGP ―, o time acolheu pilotos memoráveis, como Daijiro Kato, Sete Gibernau, Marco Melandri, Loris Capirossi, Alex Barros e Marco Simoncelli.

“Em determinado ponto da minha vida, precisei fazer uma escolha: ser um piloto velho ou me tornar um jovem dirigente”, declarou Fausto certa vez.

Como chefe de equipe, Fausto conquistou quatro títulos de pilotos ― em 2001, foi campeão com Kato nas 250cc; em 2010, venceu com Toni Elías na Moto2; em 2018, Jorge Martín levou a taça da Moto3; e em 2019, foi Matteo Ferrari quem conseguiu a vitória na MotoE ― e um de equipes ― na Moto3 em 2018. Além disso, foi vice-campeão três vezes seguidas entre 2003 e 2005, primeiro com Sete Gibernau e, por último, com Marco Melandri, e em 2018, com Fabio Di Giannantonio na Moto3.

A trajetória de Gresini no Mundial, contudo, também foi marcada pela tragédia. Em abril de 2003, um acidente em Suzuka, no Japão, tirou a vida de Kato. Foi a primeira morte no campeonato do mundo desde Nobuki Wakai, em 1993.

Anos depois, em 2011, Fausto chefiada a equipe defendida por Simoncelli quando o carismático italiano sofreu um acidente fatal em Sepang, na Malásia.

Fausto deixa a esposa, Nádia, e os filhos Lorenzo, Luca, Alice e Agnese.

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