FIM cita “histeria coletiva” do coronavírus e fala em correr até janeiro de 2021

Jorge Viegas, presidente da entidade, destacou a preocupação com o Covid-19. Ainda, falou da extensão do calendário e dos custos para tal

A FIM [Federação Internacional de Motociclismo] tem monitorado os casos de coronavírus no mundo e não vê problemas em estender seus campeonatos até o início de 2021. Jorge Viegas, presidente da entidade, ainda vê a situação do vírus como histeria coletiva.
 
O Covid-19 tem se espalhado rapidamente pelo mundo. Com 115 países afetados, já são mais de 125 mil diagnósticos positivos e mais de 4.900 mortes. Naturalmente afetou o esporte a motor, com o Mundial de Motovelocidade realizando a abertura do calendário, no Catar, apenas com Moto2 e Moto3. 
 
a MotoGP tem início previsto apenas para maio, com o GP da Espanha em Jerez. Entretanto, o circuito já anunciou suspensão das atividades pelos próximos 15 dias e pode respingar o campeonato. Fórmula 1, Indy, Fórmula E e até Stock Car também foram afetadas.
 
Ao falar sobre a doença, o português falou sobre o papel de um dirigente com o poder como o dele. “Recuso dramatizar. Não sou um virologista, não cabe a mim dizer o que pode, o que vai acontecer no futuro. Comando uma federação esportiva, que também administra outras atividades de motociclismo, como turismo, mobilidade. Nosso objetivo é ser capaz de seguir com as atividades.”
Jorge Viegas falou do coronavírus (Foto: FIM)
Viegas ainda disse que “sempre vamos seguir os direcionamentos dos governos e da Organização Mundial da Saúde. Reconhecemos que a disseminação da doença deve ser parada. Infelizmente, um estado geral de pânico existe. E o maior perigo é esse: histeria coletiva.”
 
Com tantos adiamentos, fica uma dúvida sobre como vai se desenrolar os campeonatos. Mas Jorge apontou que não vê grande problema com essa questão. “Imagine que ainda uma série de eventos deve ser cancelada e que temos que retomar as corridas muito mais tarde”, explicou.
 
“Bem, vamos o mais longe possível para manter o campeonato digno de seu nome. Se for necessário, vamos até janeiro de 2021. Para nós, não é um tabu”, completou.
 
Quando questionado sobre os custos dos adiamentos e extensão do campeonato, o presidente pensou de forma mais global. “Se sairmos de nosso pequeno mundo do motociclismo por um momento, temos de nos preocupar sobre as consequências globais. Fábricas estão fechando, escolas fechando, toda atividade econômica está indo mais devagar. Vão haver consequências, mas é difícil quantificar”, pontuou.
 
Por fim, Viegas descartou a preferência pelo campeonato da MotoGP. “Não mesmo. As coisas não estão conflitantes entre nossos diferentes campeonatos, que representam a ótima diversidade de nosso esporte”, concluiu.
 
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