Físico, velocidade e confiança: Lorenzo enumera problemas na Austrália

Último colocado no GP da Austrália, Jorge Lorenzo listou uma série de dificuldades com que sofreu neste fim de semana. O #99 torce para que os problemas sejam apenas relacionados às características de Phillip Island

Jorge Lorenzo fez em Phillip Island sua pior corrida na temporada 2019 ― talvez até mesmo de sua carreira. O titular da Honda recebeu a bandeirada no 16º e último lugar, 1min06s045 atrás do companheiro de equipe e vencedor do GP da Austrália, Marc Márquez.
 
Falando à imprensa após a corrida, Lorenzo explicou que foi para Phillip Island esperando ter dificuldades, já que a natureza da pista e as baixas temperaturas eram um indício de problemas.
 
“Bom, eu já esperava antes de vir para cá que eu teria muita dificuldade”, admitiu o #99. “Você torce para que as coisas mudem e você seja capaz de ser rápido, mas não foi o caso. Desde o primeiro treino, eu vi que eu estava longe demais dos pilotos mais rápidos, e o vento e o frio pioravam a situação”, seguiu.
Jorge Lorenzo (Foto: Repsol)
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“Então eu tive dificuldades de todas as maneiras: fisicamente, em termos de velocidade e de confiança. O resultado foi o pior desde o retorno de Assen, essa é a realidade. Eu não tinha ritmo. [Hafizh] Syahrin tinha um ritmo melhor que o meu em todo o fim de semana, e Karel [Abraham] também”, admitiu. “Além disso, desde a primeira volta, desde a volta de aquecimento, senti que o lado esquerdo do pneu estava completamente sem aderência, e ainda que eu tentasse levantar a moto ou atrasar a abertura total do acelerador ao máximo, a traseira estava patinando, patinando, patinando, e se movendo. Eu não tinha tração”, apontou.
 
“A freada também era ruim, tinha muita vibração, então eu não era rápido em nenhuma parte da pista. Eu esperava e achava, e acho que isso é só nessa pista, que é muito ruim para mim nessas condições”, reconheceu. “A próxima é em Sepang. Vou voltar mais ou menos ao nível em que cheguei aqui, e terminei no Japão. Tomara que mantendo o mesmo nível que tive nas últimas dez voltas de Motegi. Acho que na Malásia, nas condições normais, será melhor, mas temos de ver”, comentou.
 
Questionado se Phillip Island foi a pista mais difícil fisicamente desde que voltou da fratura de duas vértebras sofrida no fim de semana do GP da Holanda, Lorenzo respondeu: “Sim, por causa do vento, você tem de colocar a cabeça mais para dentro da carenagem, mais para frente, mais próxima da roda dianteira, para tentar garantir que o vento não vai tornar a roda dianteira mais instável”.
 
“Tive de forçar meu pescoço e a parte onde estou machucado. E você tem de conseguir aderência na moto com mais força na aceleração, por causa do vento. Então eu sofri muito. Mas, fora o sofrimento físico, eu nunca tive um bom feeling ou uma sensação segura durante todo o fim de semana e, especialmente, na corrida”, insistiu.
 
Por fim, Lorenzo negou uma história publicada no domingo no jornal espanhol ‘Mundo Deportivo’ que falava de uma conversa intensa e franca com os membros da Honda na quarta-feira e também da busca do piloto por mudanças nos integrantes de seu time.
 
“Eu li essa história do ‘Mundo Deportivo’. Acho que inventaram”, disparou. “Esses artigos são completamente falsos. Eu não quero mudar o time, e não tivemos nenhum problema técnico, fora a falta de confiança e a falta de resultados com que estamos sofrendo”, concluiu.


 

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