Bagnaia celebra relação cordial em meio a duelo com Martín: “Precisamos ser inimigos?”

Francesco Bagnaia afirmou que não quer ser uma pessoa rude nem dentro e nem fora da pista e, por isso, celebrou a boa relação que mantém com Jorge Martín mesmo em meio ao duelo pelo título da MotoGP

Francesco Bagnaia não quer ter Jorge Martín como inimigo mesmo em meio à disputa pelo título da MotoGP. O italiano frisou que não quer ser uma pessoa rude e nem tampouco alguém que não respeita os rivais.

Assim como em 2023, Bagnaia e Martín brigam pelo título, mas, desta vez, em posições diferentes. Agora, é o espanhol que vai para a última etapa do campeonato em vantagem.

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No GP da Malásia de domingo (3), os dois travaram um intenso duelo nas três primeiras voltas em Sepang, com 13 ultrapassagens. Mas, apesar da fúria da disputa, os dois seguem com uma relação cordial, trocando cumprimentos, reconhecendo a força um do outro e evitado os chamados golpes abaixo da linha da cintura.

“Foi uma ótima corrida. Eu curti muito. Agradeço a Pecco, pois mesmo que tenhamos sido muito agressivos, sempre houve respeito”, disse Martín. “Não queremos correr para destruir a corrida do outro. Queremos vencer, nós dois. Então acho que foi um bom show para os fãs”, seguiu.

Francesco Bagnaia e Jorge Martín travaram um intenso duelo em Sepang (Foto: AFP)

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Na visão de Bagnaia, a disputa foi “muito no limite”, mas sem irregularidades.

“Ele era mais forte na curva 5, ganhava muito ali. Mas eu era muito forte em todas as entradas de curva. E acho que, para me ultrapassar, para me atacar, ele tinha de ir acima do limite”, comentou. “Vi duas vezes que ele estava perdendo a dianteira outra vez e a disputa foi muito, muito no limite. Mas eu estava muito bem na freada e, na última curva, estaca sempre atacando no máximo, e foi uma boa estratégia”, ponderou.

Pecco explicou que, em momento nenhum, cogitou segurar o ritmo da corrida para atrair outros pilotos para a briga e tentar fazer Martín perder mais pontos. O italiano considera que não é uma forma “justa” de disputar.

Questionado sobre como mantém a cordialidade na relação com Martín apesar de estar disputando o título com o espanhol pelo segundo ano seguido, Bagnaia respondeu: “Para mim, é bem fácil, pois não sou o tipo de cara que quer ser rude fora da pista, e precisa ser rude na pista e agressivo, colocando para fora, sendo alguém que não respeita os rivais”.

“Nunca fui assim e nunca serei. Caso Jorge comece a fazer isso, vou mudar, mas Jorge é mais ou menos como eu”, apontou. “Então, com certeza, respeito é o ponto principal e, do meu ponto de vista, sempre foi. Não entendo por que precisamos ser inimigos fora da pista, ou não falar um com o outro ou sermos rudes”, completou.

Martín lembrou que, há 10 anos, os dois foram companheiros de equipe na Moto3, correndo juntos pela Aspar.

“Acho que nos conhecemos muito desde 2015. Fomos realmente bons amigos no passado. Agora não temos mais aquela relação, mas somos legais um com o outro. Podemos lutar”, ponderou. “Vocês viram hoje: foi uma batalha incrível para a história. Talvez não as últimas voltas, mas foi incrível. E aí podemos conversar sobre, acho que os dois curtiram. Se for assim no futuro, será perfeito para mim. Espero que seja assim sempre”, encerrou.

MotoGP volta a acelerar entre 15 a 17 de novembro, correndo novamente na Catalunha, em Barcelona, para a última etapa da temporada 2024. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

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