GUIA 2019: Até com Gibernau, Mundial de Motovelocidade entra na era elétrica e estreia Copa do Mundo de MotoE

O Mundial de Motovelocidade vai estrear em 2019 uma categoria nova: a Copa do Mundo de MotoE. A nova série elétrica tem um grid que vai da experiência de Sete Gibernau à juventude de Mattia Casadei, passando pela espanhola María Herrera

A temporada 2019 verá uma novidade no grid do Mundial de Motovelocidade. Além de algumas mudanças aqui e ali nas classes tradicionais, o campeonato promovido pela Dorna vai ganhar uma nova série: a Copa do Mundo de MotoE.

 
A nova classe vai se incorporar à estrutura existente, e terá cinco etapas ― Jerez (5 de maio), Le Mans (19 de maio), Sachsenring (7 de julho), Áustria (11 de agosto) e uma rodada dupla em Misano (15 de setembro). Os treinos serão encaixados na programação atual e a corrida acontece logo após o warm-up da MotoGP, na manhã de domingo ― com exceção da corrida em San Marino, que terá uma prova também no sábado. A série elétrica terá duas sessões de treinos de 30 minutos, separadas por cerca de quatro horas, com a classificação marcada para o sábado.
Sete Gibernau é um dos principais nomes da MotoE (Foto: Pons)

❀ Tatiana Calderón – pilota de testes da Alfa Romeo e primeira mulher a correr na F2

❀ Bruna Tomaselli – do kart em Santa Catarina à seleção na W Series e no Road to Indy

A Copa do Mundo de MotoE consiste em uma série monomarca, equipada pela italiana Energica, que vai colocar na pista a Ego Corsa, uma moto que atinge os 250 km/h, tem 147 hp de potência e bateria de lítio. 

 
Além da novidade no campo tecnológico, a MotoE terá um atrativo a mais: seu grid de pilotos. Em um grupo que combina juventude e experiência, Sete Gibernau aparece como principal estrela. Ex-rival de Valentino Rossi, o espanhol encerrou uma aposentadoria de dez anos para voltar à ativa e defender a Pons.
 
Além do #15, o grid conta com outros nomes conhecidos, como Nico Terol, campeão da Moto3 em 2011, Mike Di Meglio, campeão das 125cc em 2008 e Josh Hook e Kenny Foray, que venceram o Mundial de Endurance da FIM. Xavier Siméon, que no ano passado defendeu a Avintia na MotoGP, segue com a equipe espanhola, mas agora na série elétrica. Eric Granado também estará no grid.
 
Ex-KTM e atual piloto de testes da Aprilia, Bradley Smith vai dividir seu tempo com a MotoE, assim como María Herrera, que também vai disputar o Mundial de Supersport 600. A classe elétrica conta, ainda, com Randy De Puniet, Niccolò Canepa, Héctor Garzó, Matteo Ferrari, Lorenzo Savadori, Jesko Raffin, Niki Tuuli e Matteo Casadei.
 
No total, serão 12 equipes, todas as satélites da MotoGP e algumas equipes de Moto3 e Moto2: Pramac, Ángel Nieto, Avintia, LCR, Tech3, Gresini, IntactGP, Ajo, Marc VDS, SIC, Pons e Sic58.
 
Em entrevista recente ao GRANDE PREMIUM, Nicolas Goubert, diretor-executivo da MotoE, justificou a introdução da nova série.
 
“A Dorna, apoiada pela FIM, decidiu lançar a MotoE, pois, como podemos ver no mercado motos elétricas sendo vendidas ― e não apenas scooters elétricas ―, nós percebemos que a tecnologia estava pronta e que nós podíamos desempenhar o papel que o esporte a motor fez ao longo dos anos, promovendo novas tecnologias e sendo também um lugar para melhor desenvolvê-las”, explicou Goubert. 
 
Diretora-executiva da Energica Motor, Livia Cevolini destacou o avanço rápido da tecnologia elétrica e espera ver um ritmo ainda mais acelerado com a presença nas pistas.
 
“Os veículos elétricos estão avançando rapidamente na nossa sociedade nos quatro cantos do mundo”, comenoua Cevolini ao GRANDE PREMIUM. “Os esportes a motor sempre foram um laboratório perfeito para o desenvolvimento de tecnologias que posteriormente serão incorporadas no nosso cotidiano”, exalta. 
 
“Os fãs podem esperar um grande campeonato com todos os pilotos muito competitivos e com motos em iguais condições: a Ego Corsa”, avisou a dirigente da fábrica italiana. “O fato das motos serem as mesmas para todos deixará a competição mais próxima com muitos potenciais vencedores em cada corrida. Será divertido”, garante.
 
Por se tratar de uma categoria com veículos elétricos, é inevitável a comparação com a Fórmula E, mas organização do novo certame não quer ver a MotoE em ‘carreira solo’.
 
“Ela vai ficar dentro da MotoGP”, frisou Goubert. “É um ótimo lugar para conseguir uma enorme cobertura, já que muitos canais de TV já estão lá”, ponderou.
 
“Nós temos um acordo de três anos com a Energica Motor para que eles nos forneçam a Energica Ego Corsa que vai evoluir ano após ano. É muito cedo para fazer qualquer plano além deste período, mas estamos confiantes de que existirão muitas oportunidades”, comentou. “2019 será o nosso primeiro ano e vamos ver como faremos a série evoluir no futuro”, seguiu.
 
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