GUIA 2020: Ao lado do irmão, Álex Márquez tenta provar que merece vaga na MotoGP

Recém-campeão da Moto2 após cinco temporadas na categoria intermediária do Mundial, o espanhol vai ter missão bastante importante em 2020: mostrar que sua promoção para a classe rainha não foi apenas um pedido de seu irmão Marc

Grande Prêmio
Nathalia de Vivo 04/03/2020 | 05:15
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ÁLEX MÁRQUEZ ESTÁ PRESTES A ENCARAR UM NOVO DESAFIO EM 2020. Após ser campeão da Moto2, o espanhol foi promovido para a classe rainha ao lado do irmão Marc, mas agora vai precisar provar ser merecedor da vaga.
 

O anúncio da aposentadoria de Jorge Lorenzo no final da última temporada pegou muito de surpresa. Isso fez a equipe nipônica correr contra o relógio para encontrar um substituto para o tricampeão.
 
As opções, entretanto, não eram tão escassas. Começando por Cal Crutchlow, que defende a LCR, time satélite da Honda. Entretanto, já não tão jovem e sem longo prazo na categoria, já que vive falando de aposentadoria, não caminhava como melhor escolha.
 
Johann Zarco, porém, estava disponível. Após ter quebrado o contrato com a KTM, chegou a pé ao final do campeonato. Mas com Takaaki Nakagami ausente das últimas etapas por conta de uma cirurgia, foi o francês quem substituiu o japonês. O nome ganhou força.

Álex Márquez (Foto: Repsol)
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O próprio #5 chegou a se animar com a possibilidade. Na época, foi alertado para não criar ilusões e tentou manter os pés no chão, mas não descartou a chance de poder correr na moto mais sonhada do grid.
 
Só que os planos foram por água abaixo. Álex acabou anunciado para ser titular da equipe em 2020. Muitos dizem que o octacampeão do Mundial de Motovelocidade tinha influencia na decisão, já que o #93 sempre deixou claro que sonhava correr com o irmão.
 
Muitas dúvidas foram levantadas com a escolha. O #73 chegava como recém-campeão da Moto2, mas o título demorou cinco temporadas para chegar. Nos anos anteriores, Álex mostrou bom ritmo, mas a consistência lhe escapava.
 
Colocar os irmãos lado a lado também não parece tarefa das mais justas. Marc somava 24 pódios, 16 vitórias e um título nos dois anos de Moto2 que antecederam sua ida para a MotoGP. Já Álex, em cinco campeonatos, terminou 23 vezes no top-3, sendo oito delas com vitórias.
 
Mas a estreia do mais novo dos Márquez em cima da RC213V já aconteceu durante as duas baterias de testes pré-temporada. Enquanto a satisfação apareceu em Jerez, Álex avaliou as atividades no Catar como “um desastre”. Não por menos, o time chegou a encontrar problemas na moto no último dia de treino.
 
O hexacampeão da classe rainha ainda já deixou claro: o irmão vai ter que batalhar para conseguir a renovação. Agora, resta ver se Álex vai provar que merece a vaga na equipe mais vitoriosa do grid e deixar, de uma vez por todas, a sombra de seu companheiro excepcional.
 

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