GUIA 2020: Três novatos, um adeus e um homem a ser batido: como vem a MotoGP

A temporada 2020 da MotoGP trará mudanças pontuais aqui e ali. Além da introdução de um novo pneu traseiro, a classe rainha do Mundial de Motovelocidade verá a chegada de Álex Márquez, Brad Binder e Iker Lecuona e, também, a introdução da Finlândia na programação. Ainda assim, o mote segue o mesmo: todos contra Marc Márquez

A ESPERA DEVERIA TER ACABADO! Depois de longos meses longe das pistas, a MotoGP voltaria à ativa neste fim de semana, com o pontapé inicial da temporada 2020 acontecendo ― como tradicionalmente ― com o GP do Catar. No entanto, no domingo (1), o país peninsular árabe modificou as diretrizes de entrada no país e determinou que cidadãos da Itália ou que estiveram no país nas últimas duas semanas deveriam cumprir um período de quarentena de 14 dias. Assim, alguns pilotos e membros das equipes não estariam disponíveis para a prova. Por isso, toda a atividade da classe rainha foi cancelada, mas a prova seguirá com Moto3 e Moto2, já que os times já estavam no país por conta dos testes coletivos.

Apesar do revés, o GRANDE PRÊMIO abre nesta segunda-feira o tradicional GUIA 2020, uma apresentação da temporada 2020 do Mundial de Motovelocidade

Vencedor de seis dos últimos sete campeonatos, Marc Márquez é o homem a ser batido, mas isso sequer é novidade no motociclismo atual. Dominante em 2019, Márquez chega mais uma vez como um dos principais postulantes ao título, mas agora com um clima diferente dentro dos boxes da Honda. O tricampeão Jorge Lorenzo deixou a RC213V para trás e o posto no time comandado por Alberto Puig acabou livre para Álex Márquez.

 
Campeão da Moto2 ano passado, o #73 vai debutar na classe principal não só direto no time de fábrica, mas também ao lado do irmão mais velho. Além de Álex, Brad Binder também sobe para a elite para compor o duo da KTM com Pol Espargaró, com Iker Lecuona ganhando a chance na MotoGP como consequência direta da saída de Johann Zarco da fábrica austríaca. O espanhol vai defender a Tech3 ao lado de Miguel Oliveira
Marc Márquez sofreu na pré-temporada, mas é sempre um dos homens a serem batidos (Foto: Repsol)
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GRANDES PROMESSAS QUE NÃO VINGARAM

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A situação da Aprilia é um pouco mais delicada. Afinal, o time de Noale ainda não sabe qual será sua dupla de pilotos ao longo do ano, Andrea Iannone segue provisoriamente suspenso por doping e, assim, seria substituído por Bradley Smith, caso houvesse o GP do Catar. Essa, todavia, não é única novidade da casa de Noale, que se empenhou para tornar a RS-GP competitiva. Os italianos sabem que podem sofrer algumas falhas de confiabilidade ao longo do ano, mas apostam em um passo à frente nesse quesito.
 
As demais fábricas, por outro lado, seguem com seus quadros inalterados. Apesar da queda de performance do ano passado, a Ducati continua com Danilo Petrucci ao lado de Andrea Dovizioso. O #9, mais uma vez, terá de fazer por merecer o contrato de fábrica, enquanto o #4, que mudou capacete e apelido ― com o ‘DesmoDovi’ dando lugar ao ‘Undaunted’ [destemido, no inglês] ― na esperança de mudar, também, o resultado final.
 
 
Com essa movimentação, a SIC também vive um ano diferente, pois já sabe que vai perder Fabio Quartararo no fim do ano. Afinal, o #20 foi o escolhido para suceder Rossi na Yamaha. O #46, aliás, poderia se juntar à equipe malaia se optar por seguir a carreira, mas a estreia da VR46 na classe rainha é também uma possibilidade.
Maverick Viñales foi um dos destaques na fase de testes da MotoGP (Foto: Yamaha)
A Suzuki, por outro lado, vive uma situação mais estável. Álex Rins e Joan Mir seguem no time, que agora espera ver o caçula alçar voos mais altos, enquanto torce para o #42 seguir a linha crescente em 2020. A julgar pela pré-temporada, será um ano e tanto para a equipe.
 
Entre as satélites, a Avintia vai atrair uma incomum atenção, já que é o destino de Zarco. O francês ganhou uma inesperada chance na MotoGP e terá de fazer jus a ela se quiser se manter na classe rainha no futuro.
 
O regulamento, porém, não traz grandes novidades neste ano. Uma delas é a troca da punição para queima de largada. Antes, os competidores tinham de cumprir um ride-through. Agora, aquele que se antecipar terá de executar duas vezes a volta longa. 
 
Na parte técnica, os times estão liberados para retirarem as asas de suas carenagens em Phillip Island. A medida, que visa lidar melhor com as condições meteorológicas da pista australiana, poderá ser aplicada em outras praças se a direção de prova julgar necessário.
 
Além disso, a Michelin vai introduzir um novo pneu traseiro neste ano, um calçado que teve sua construção avaliada e aprovada pelos pilotos ao longo do ano passado.
 
Por fim, a principal mudança vem mesmo com a chegada da Finlândia para elevar o calendário ao recorde de 20 paradas (ao menos em teoria). O KymiRing ainda precisa ser homologado pela FIM (Federação Internacional de Motociclismo), mas já foi submetido a um teste em meados do ano passado.
 
Com tantos ingredientes, a temporada 2020 da MotoGP é mais uma daquelas que promete emoção e diversão da primeira até a última parada.
 
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