GUIA 2021: Equilíbrio também deve ser a marca nas categorias de apoio à MotoGP

Como praxe nas classes intermediárias, Moto2 e Moto3 não terão defesa de título em razão da promoção dos pilotos campeões, mas nomes fortes mostraram talento para honrar a busca pelo troféu. MotoE ainda terá outra sessão de ajustes antes da abertura da temporada, em maio

AS ATENÇÕES DA MOTOVELOCIDADE SE VOLTAM PARA A MOTOGP neste fim de semana, com a abertura da temporada, no Catar, mas não dá para esquecer das categorias de apoio da classe rainha. A Moto3 e a Moto2 também iniciam a disputa no circuito de Losail com igual promessa de equilíbrio entre os postulantes ao título. Além delas, a MotoE, que começa em maio, também vive a expectativa de briga boa até a corrida final.

Como é praxe nas categorias menores, a temporada que está para começar reservará promoções de pilotos entre equipes e mesmo entre categorias. Só aí, a renovação do repertório de vencedores e pódios estará praticamente garantida. Mas, como se não bastasse, os testes de pré-temporada — na Espanha e no Catar para a Moto2 e Moto3, e apenas no país Ibérico para a MotoE — deixaram os fãs ainda mais empolgados com inúmeras motos no mesmo décimo de segundo a cada volta.

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Moto2

O último degrau antes da classe rainha é, por exemplo, uma das categorias que começa sem a defesa do título. Não só o campeão da temporada passada Enea Bastianini, como Luca Marini e Jorge Martín, outros competidores de destaque, foram para a MotoGP e são provas da competitividade da Moto2. Os mais críticos podem até dizer que dificilmente a ótima turma se repetirá, mas há muita qualidade em nomes que integrarão o futuro da motovelocidade em pouco tempo.

Aos 30 anos, Sam Lowes (Marc VDS) já é um veterano das pistas e da própria categoria, além de nome mais conhecido do grande público. Exceto por 2017 na MotoGP, o britânico está desde 2014 na Moto2. No ano passado, após três vitórias consecutivas, teve uma queda feia no GP da Europa, caiu nos treinos livres do GP de Valência e deu adeus ao título. Agora, está recuperado fisicamente e empolgado para conseguir algo melhor que o terceiro lugar geral.

Sam Lowes é um dos mais experientes do grid da Moto2 (Foto: Marc VDS)

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O principal adversário de Lowes talvez seja o italiano Marco Bezzecchi (VR46). Nos testes, ele foi um dos que esteve o tempo todo no pelotão da frente. Em seu terceiro ano na categoria, o piloto aprendeu que não poderá repetir os erros do ano passado (ficou três corridas sem sequer pontuar) para ir além. 

Junto de Bezzecchi por um lugar ao sol está Remy Gardner, mas, ao contrário do italiano, o australiano terminou a temporada muito bem depois de um início em que titubeou bastante. Depois de alcançar a primeira vitória na categoria no GP de Portugal, justamente a etapa derradeira, o australiano agora vai defender a Red Bull KTM Ajo, uma equipe bem mais estrutuada do que o time anterior. 

Moto3

Masiá terá boa briga com Acosta dentro da KTM Ajo, na Moto3 (Foto: Ajo)

Assim como na irmã Moto2, a Moto3 também começa sem um campeão, com a promoção do espanhol Albert Arenas. Outras duas saídas bastante sentidas foram a das equipes Estrella Galicia 0,0 e VR46 na categoria leve — Sergio García, por exemplo, em seu terceiro ano, deixou o time espanhol para assumir o lugar de Arenas na Aspar nesta temporada e andou bem nos testes.

Mas a briga mesmo pelo título da temporada deve ficar com as equipes KTM Ajo, com os espanhóis Jaume Masià e Pedro Acosta, os dois mais rápidos ao final dos três dias de testes no Catar; e a Leopard, que também mostrou bom desempenho com o italiano Dennis Foggia e o também espanhol Xavier Artigas. 

Outros dois nomes que chamaram a atenção na pré-temporada e têm tudo para terem seus momentos de brilho são o do espanhol Izan Garcia, campeão no CEV Moto3 no ano passado, que completará os boxes da Aspar; e o do argentino Gabriel Rodrigo. Apesar de ir para o seu sétimo ano completo na categoria, até agora sem mais do que um terceiro lugar, ele foi o quinto nos testes e mostrou um pouco do que a Gresini poderá fazer.

MotoE

Granado liderou cinco de oito sessões de testes em Jerez (Foto: Divulgação/MotoGP)

Um primeiro ano atrasado por um incêndio nas motocicletas, um segundo atrapalhado pela pandemia do coronavírus… Por diferentes razões, a MotoE ainda não conseguiu ter o campeonato que esperava. E, ao que tudo indica, apesar dos avanços da vacinação na Europa, o terceiro ano da categoria das motos elétricas também não será completamente livre da covid-19.

Nem por isso a MotoE, que desde o seu início está no guarda-chuva da MotoGP, se deixa abater e promete seguir a conhecida competitividade nas demais categorias-suporte. Para 2021, serão de novo sete compromissos, todos no Velho Continente, com direito a rodada dupla no circuito de Misano, na Itália, em setembro. A etapa de abertura acontece só em 2 de maio, no circuito de Jerez de la Frontera

Os campeões Matteo Ferrari (Gresini), em 2019, e Jordi Torres (Pons), em 2020, estarão de novo na disputa e, a julgar pelos três dias de testes em Jerez, partem como favoritos para o título. O conhecimento além do setup básico e a evolução positiva dos pneus foram bastante destacados na pré-temporada. Do mesmo modo, a velocidade final da Energica Ego Corsa, acima dos 270 km/h, também foi elogiada. 

Os fãs do brasileiro Eric Granado podem ficar otimistas. O #51, que deixou a inconstante Esponsorama e foi para a SRT, liderou cinco das oito sessões no sul da Espanha e parte na frente para nova rodada de testes em abril. Em um campeonato de tiro curto, Granado sabe que a regularidade que não conseguiu no ano passado é importante na busca pelo título — o brasileiro venceu a primeira corrida em 2020, mas não voltou mais ao pódio.

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