Honda ameaça deixar MotoGP se Dorna obrigar uso de centralina padrão a partir de 2014

A Honda ameaça deixar a MotoGP se a Dorna, a empresa que organiza o campeonato mundial, realmente obrigar o uso de uma centralina padrão a partir de 2014

Na esteira do acordo entre a Dorna, a empresa que organiza e promove a MotoGP, e a Magneti Marelli para o fornecimento da central de controle eletrônico a partir de 2013, a Honda alertou que pode abandonar o Mundial caso a empresa capitaneada por Carmelo Ezpeleta decida tornar o uso do equipamento italiano obrigatório para todas as equipes. Pelo contrato anunciado pouco antes da etapa de Aragón, a utilização do sistema desenvolvido pela subsidiaria da Fiat é opcional.

A Dorna defende muito a mudança para um único sistema de controle eletrônico, a fim de cortar custos e nivelar o desempenho entre as motos, especialmente com relação às das equipes de fábrica. A montadora japonesa, entretanto, é uma das vozes mais críticas e contrárias à adoção de uma unidade padrão, semelhante ao que acontece na F1 atualmente, que usa os sistemas da Microsoft.

Honda estuda deixar MotoGP se a Dorna aderir ao uso de uma única centralina (Foto: Repsol)
 
"Se Carmelo Ezpeleta continuar com a intenção de forçar o uso de uma centralina única, além do limite de rotações, então a Honda pode se retirar da MotoGP", afirmou Shuhei Nakamoto, chefe da equipe nipônica, em entrevista à 'Motosprint'.  "Yamaha e Ducati concordam conosco, assim como a Suzuki. A responsabilidade é do Ezpeleta. A decisão é dele", completou.
 
Ezpeleta, por outro lado, segue com a ideia de introduzir uma centralina padrão, aos moldes do que já acontece com a Moto3. O dirigente afirmou que uma reunião entre as fabricantes deve acontecer neste final de semana, durante o GP do Japão, em Motegi, para discutir o regulamento técnico da classe rainha para 2014. 
 
“Eu quero que a MotoGP siga o exemplo da Moto3. Esta ideia (da central de controle eletrônico e da limitação de rotações), como outras mais, ainda estão sendo discutidas para 2014. Nós vamos para Motegi, onde teremos reuniões importantes com as fabricantes. Eu estou otimista. Nós vamos encontrar uma solução que agrade a todos”, disse. 
 
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