Zarco vê avanço de rivais e diz que Ducati “talvez tenha dado passo atrás” com largadas
Francês destacou que segue podendo ser muito rápido nas largadas da MotoGP, mas apenas em duas de cada dez oportunidades. Luca Marini apontou que a GP22 exige precisão com a embreagem
Johann Zarco considerou que a Ducati talvez tenha “dado um passo atrás” em termos de performance de largada na temporada 2022 da MotoGP. O francês da Pramac considerou que segue podendo ser muito rápido no início das disputas, mas apenas em 20% das oportunidades.
Na abertura do campeonato, a performance das Ducati nos primeiros metros em Lusail chamou a atenção pela discrepância em relação aos anos anteriores. Jorge Martín, por exemplo, ao inces de ganhar terreno, como fez no ano passado, caiu da pole para oitavo. É verdade que o piloto da Pramac teve de evitar um contato com Enea Bastianini, mas o espanhol já tinha sido superado pelas duas Honda.
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Jack Miller, por sua vez, foi de quarto para nono antes de ter de abandonar a disputa com um problema técnico, enquanto Francesco Bagnaia despencou de nono para 15º. Luca Marini perdeu uma posição depois de largar de 17º, enquanto Zarco foi de 13º para 19º.
Falando à imprensa em Mandalika, Johann considerou que, já no ano passado, dava para ver que a Ducati perdeu um pouco da vantagem em largadas, já que as fábricas rivais conseguiram se aprimorar.
“É verdade que éramos bons com as largadas, pois estávamos avançando com os diferentes [dispositivos de largada], mas aí as outras marcas fizeram avanços e, na segunda parte da temporada, tinham outras caras largando muito, muito bem”, comentou Zarco. “Então era mais difícil ver diferença e realmente tirar vantagem. Às vezes, você dá um passo para trás e, para mim, foi isso que aconteceu”, opinou.
“Por que todos os pilotos da Ducati começaram [mal] há duas semanas no Catar? Eu realmente não sei. Talvez o sistema não estivesse funcionando perfeitamente e os outros tenham melhorado de forma mais consistente”, avaliou. “Estamos tentando melhorar ainda mais, mas talvez tenhamos dado um passo atrás”, ponderou.
Na visão de Zarco, a Ducati precisa trabalhar para ter uma performance mais consistente, já que a regularidade é um ponto chave na MotoGP.
“Temos a performance, mas talvez tenhamos de ter mais consistência pare termos mais chance de irmos bem todas as vezes”, alertou. “Posso largar super rápido, mas só duas a cada dez vezes. E quando, se faço essas duas boas largadas antes da corrida, é um grande risco dizer que vou largar bem outra vez. Não é bom para o resultado”, insistiu.
Também guiando a GP22 na temporada 2022 da MotoGP, Luca Marini considerou que a precisão com a embreagem é um aspecto complicado com a nova moto.
“Com a 22, não largamos bem, mas não acho que seja alguma coisa com a moto. Talvez não tenhamos sido precisos. Pois a embreagem é muito difícil de usar. Se você perde o ponto exato, é difícil de recuperar”, pontuou. “Se você comete um erro, perde alguns décimos na largada. Talvez seja isso. Veremos aqui. Também com a Ducati do ano passado [GP19], você precisava ser preciso. Dá para ser perfeito, mas é difícil”, completou.
A classificação do GP da Indonésia de MotoGP acontece neste sábado (19), às 4h05 (de Brasília), no circuito de Mandalika. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades da segunda etapa do Mundial de Motovelocidade 2022.
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