As últimas temporadas da MotoGP não foram as mais fáceis na carreira de Jorge Lorenzo. Em 2016, ele decidiu sair da Yamaha, onde tinha conquistado 44 vitórias e três títulos mundiais, para pilotar na Ducati. Depois de um começo turbulento, as coisas se ajeitaram na fábrica italiana, mas o piloto espanhol decidiu mudar novamente e foi para a Honda.
Em 2019, ao chegar na Honda, Lorenzo encontrou uma montadora campeã mundial em cinco das últimas seis temporadas. Mas o período de adaptação não foi dos mais fáceis por conta das muitas lesões sofridas na última temporada. Assim, passadas as 14 primeiras etapas do ano, o piloto de Palma de Maiorca ainda não conseguiu um único top-10 a bordo da RC213V.
O fraco desempenho, obviamente, tem chateado o #99. Ver o companheiro de equipe Marc Márquez dominar o campeonato aumenta ainda mais esse sentimento.
Jorge Lorenzo (Foto: Repsol Honda)
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"Está claro que estamos distantes de Marc e também do segundo pelotão", começou Lorenzo. "É melhor não ter expectativas muito altas para que não gere frustrações. Sigo tendo os mesmos problemas com essa moto, não consigo pará-la nas freadas", apontou.
"Eu estou sofrendo muito, sou muito menos feliz que na Yamaha ou quando estava na Ducati, mas sempre fui um lutador e quero encontrar soluções", afirmou. "Tenho dois anos de contrato e repito que não está na minha mente abandonar", garantiu.
Lorenzo ainda comparou suas mudanças na carreira com a de Johann Zarco, piloto francês que saiu da Yamaha para a KTM, não obteve resultados e foi trocado por Mika Kallio a partir do GP de Aragão.
"Zarco sofreu muito com a mudança de uma moto fácil como a Yamaha para uma moto difícil como a KTM. Foi uma decisão muito valente de encerrar o contrato e parar", avaliou. "Temos que respeitar sua decisão, mas se foi inteligente ou não, eu não sei", completou.