Não é surpresa que a Ducati esperava mais de Jorge Lorenzo. Muito mais. Contratado a peso de ouro, o piloto chegou com a missão de conquistar outro título para o time de Borgo Panigale, triunfo esse que nunca veio. Tantas corridas e impaciência depois, o espanhol se viu chutado pela esquadra, e é ai que o quebra-cabeça do próximo ano se inicia.
O time fez um importante anúncio durante o final de semana do GP da Itália: a não continuação do #99 . Triste para a equipe, já que naquela mesma etapa o tricampeão trataria de vencer a sua primeira corrida com as cores da Ducati – mais duas viriam até o final do campeonato.
Danilo Petrucci (Foto: Ducati)
Jorge agora precisava dar o próximo passo: onde correr em 2019. Não demorou muito para que as peças fossem se encaixando em seus devidos lugares. Alguns dias mais tarde, a Honda não só anunciou a saída de Dani Pedrosa como, horas depois, firmou o contrato com o espanhol. Ou seja, duas das três principais equipes da classe rainha, com exceção da Yamaha, viram mudanças significativas para a próxima temporada.
Mas não é apenas isso que a MotoGP reserva para o próximo ano. A Suzuki, que despontou com Álex Rins ao longo do campeonato, vê a chegada de Joan Mir, que sobe da Moto2 após brigar pelo título contra Francesco Bagnaia, que também dá o salto e passa a defender a Pramac ao lado de Jack Miller.
Andrea Iannone também mudou de casa, chegando na Aprilia com o otimismo em alta, como já demostrou após os primeiros testes coletivos. Por outro lado, Johann Zarco, que deixou a Tech3 para correr na KTM no próximo ano, demostrou decepção após o primeiro contato com a RC16.
E a lista de grandes talentos que fazem o salto da Moto2 para a classe rainha ainda ganha grandes nomes: Miguel Oliveira passa a ser o companheiro de Hafizh Syahrin na Tech3; Fabio Quartararo se junta a Franco Morbidelli na mais nova equipe do grid, a SIC.
Johann Zarco (Foto: Sebas Romero/KTM)
Com tantas movimentações no mercado, impossível não se animar com todas as possibilidades que 2019 têm para trazer. A principal de todas elas é Lorenzo como companheiro de Marc Márquez, especialmente que, desde que chegou à MotoGP, o #93 só teve Pedrosa como parceiro de time – apesar de vitorioso, longe de fazer frente ao espanhol.
Agora, Jorge chega com grandes expectativas e rodeado de uma grande pressão, principalmente por entrar em um time praticamente comandando pelo mais recente pentacampeão, que atende seus gostos e desejos. Resta saber como vai ser o casamento de dois multicampeões dentro dos mesmos boxes – um mar de rosas ou soltando faíscas.
Entretanto, esse não é o único ponto que chama a atenção. Morbidelli já mostrou que se casou muito bem com a moto da SIC, podendo vir bastante forte em 2019. Enquanto isso, muitos talentos provenientes da Moto2 chegam para engordar o grid e torná-lo ainda mais competitivo. Pecco Bagnaia, por exemplo, sobe em grande fase após ser campeão em 2018.
Com uma dança das cadeiras tão movimentada para a próxima temporada, ainda é difícil saber o que esperar em cada equipe e na categoria. Mas uma coisa é sabida: o campeonato se desenha para ser um tanto quanto divertido de se acompanhar.
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