Lorenzo nega acerto com Ducati para 2021, mas cogita voltar se puder ser campeão

Jorge Lorenzo admitiu uma relação próxima com Gigi Dall’Igna, mas negou que tenha recebido uma oferta para voltar a competir. O #99 se aposentou no fim do ano passado após uma temporada bastante ruim com a Honda

Jorge Lorenzo garantiu que não acertou com a Ducati uma volta à MotoGP. O #99 tem sido especulado como substituto de Andrea Dovizioso em 2021, já que as negociações com o italiano ainda não foram concluídas.

Por enquanto, a Ducati conta apenas com Jack Miller, que assinou um contrato para 2021 com a opção de ser renovado por mais um ano. Vice-campeão da MotoGP nos últimos três anos, Dovizioso vinha tratando da renovação, mas a negociação empacou na questão financeira.

Por conta da esperada crise econômica resultante da pandemia do novo coronavírus, a Ducati não quer pagar um salário muito elevado. Antes, Dovizioso ainda tinha o argumento de poder mudar para a KTM, mas a fábrica austríaca anunciou na quinta-feira (25) que será defendida por Miguel Oliveira e Brad Binder em 2021, com Danilo Petrucci e Iker Lecuona na satélite Tech3.

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Jorge Lorenzo e Gigi Dall’Igna tem uma relação próxima (Foto: Ducati)
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Sem avanços nas tratativas com Dovizioso, rumores de uma volta de Lorenzo começaram a ganhar força, especialmente pela proximidade dele com Gigi Dall’Igna. O piloto de Palma de Maiorca trabalhou com o chefe da Ducati Corsi ainda nos tempos das 250cc e o italiano sempre foi um defensor da contratação do espanhol.

Nos dois anos em que esteve com a Ducati, Jorge venceu três corridas ― todas em 2018 ― conseguiu quatro pódios e quatro poles. A relação, porém, foi marcada pela impaciência, especialmente de Claudio Domenicali, diretor-executivo da marca de Bolonha, que criticou publicamente Lorenzo pela demora em obter resultados. Quando a primeira vitória, enfim, chegou, a aliança já tinha desandado.

O tricampeão da MotoGP, então, mudou para a Honda em 2019, mas fez uma temporada bastante aquém da capacidade que tinha demonstrado anteriormente. Jorge optou por encerrar a carreira ainda na metade do contrato e se aposentou.

Apesar do cenário, Dall’Igna fez pouco para abafar os rumores e se limitou a dizer que Lorenzo não quer terminar a carreira do jeito que fez.

“Com certeza, é compreensível que um piloto com as estatísticas de Jorge pretenda terminar a carreira de uma maneira melhor do que como ele acabou no ano passado. Dito isso, é difícil entender as motivações reais dele”, falou.

O italiano, porém, reconheceu que falou com Lorenzo apenas para felicitá-lo pelo aniversário.

Em um bate-papo com Dani Pedrosa no site da MotoGP, Lorenzo afirmou que o acordo com a Ducati “não é verdade”.

“É verdade que tenho uma grande relação com Gigi. Ganhamos corridas juntos na Derbi, dois Mundiais. Temos uma relação humana. Ele me ligou pelo meu aniversário e falamos da vida, da família e mais nada, nada profissional, nada especial”, contou. “Por agora, sou muito feliz, posso fazer coisas que não fazia”, seguiu.

O piloto de testes da Yamaha, todavia, confirmou que ouviria uma proposta de voltar à MotoGP se tivesse a chance de brigar pelo título.

“Não posso dizer que não sinta falta do sentimento de vencer. Se a ligação for para ganhar o Mundial, ao menos escutaria e estudaria. Se tiver essa ocasião, faria. Com 33 anos, ainda acho que, com as ferramentas corretas, poderia vencer”, ponderou. “Até agora, essa ligação não chegou. Só tem duas opções: Yamaha, que parece que já fechou com quatro pilotos, e a Ducati. Se não acontecer, estarei muito contente com a minha vida”, assegurou.

“Gostaria de seguir com a Yamaha, fazer o trabalho que não conseguimos fazer com os testes por causa do coronavírus”, concluiu.

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