Marc Márquez celebra vitória em “uma das fases mais importantes e duras da carreira”

Com a voz embargada logo após a corrida, o piloto da Honda contou que foi difícil manter a concentração, já que foi tomado pelas memórias do sofrimento pelo qual passou com a lesão no braço direito que o manteve afastado da MotoGP por nove meses

Marc Márquez passou 581 dias sem vencer (Vídeo: MotoGP)

Marc Márquez chorou e fez chorar com a primeira vitória na MotoGP desde o GP da Comunidade Valenciana de 2019. O piloto da Honda reconheceu que o triunfo no GP da Alemanha deste domingo (20) marca um momento importante, mas também da carreira esportiva no Mundial de Motovelocidade.

Marc passou nove meses afastado da MotoGP depois de fraturar o braço direito em uma queda no GP da Espanha do ano passado. Ao longo deste período, marcado para desastrosa tentativa de retorno precoce, o espanhol de Cervera precisou passar por três cirurgias e desde que retonou ao Mundial, em Portugal, ainda não tinha sido o mesmo piloto de antes.

Marc Márquez celebrou a primeira vitória em mais de 581 dias (Foto: Red Bull Content Pool)

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Sachsenring, porém, sempre foi um circuito perfeito para Marc, já que tem 10 curvas para a esquerda, as favoritas dele, e só três para a direita, justamente o lado do corpo que ainda não está perfeitamente em forma.

Com uma boa largada, Marc Márquez consolidou a liderança depois de um duelo com Aleix Espargaró e, mesmo pressionado por Miguel Oliveira na metade final da disputa, foi firme para conquistar a 11ª vitória seguida no traçado de Chemnitz ― a oitava na MotoGP.

“Este é um dos momentos mais importantes e mais duros da minha carreira”, disse Marc ainda no parque fechado. “Hoje eu sabia que era uma grande oportunidade. Não foi fácil controlar a mentalidade, pois estou vindo de uma situação difícil, três zeros seguidos, mas eu pensei: hoje é o dia”, seguiu.

“Antes deste fim de semana, pensei em tentar lutar pelo pódio, tentar estar perto dos caras da ponta, mas a vitória era uma pequena possibilidade”, admitiu. “Aí eu pensei: ‘Se for a condição perfeita, vou tentar’”, explicou.

O momento decisivo na corrida de Márquez foi justamente a chegada das primeiras gotas de uma chuva que nunca efetivamente caiu, mas que o permitiu quebrar o pelotão e se isolar na liderança.

“Quando vi algumas gotas de chuva na volta quatro ou cinco, disse a mim mesmo: ‘É a minha corrida’. Naquele momento, forcei e mantive o mesmo ritmo de corrida de antes. Quando vi as gotas pela segunda vez, forcei ainda mais e pensei que era hora de arriscar”, detalhou. “Fiz algumas voltas e, quando aquele momento passou, começou uma segunda corrida, que foi com Miguel. Ele forçou bastante”, ressaltou.

A dificuldade, porém, não veio só da pressão do português da KTM, mas das memórias que inundaram o hexacampeão.

“Foi muito duro manter a concentração, pois todas as memórias, toda a situação do ano passado estavam na minha cabeça. Mas nós conseguimos. E conseguiremos de novo’, avisou. “Estamos em uma situação difícil, mas vamos tentar manter o mesmo nível”, encerrou.

A MotoGP volta à ação já no próximo fim de semana, com a nona etapa do calendário, o GP da Holanda, em AssenAcompanhe a cobertura do GRANDE PRÊMIO sobre o Mundial de Motovelocidade.

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