Marc Márquez culpa eletrônica por queda em Assen e pressiona Honda por melhora

O piloto da Honda comparou o acidente de sexta-feira com a queda que lhe manteve nove meses afastado da MotoGP. O irmão de Álex insistiu que a HRC precisa encontrar um jeito de resolver o problema

Marc Márquez sofre violenta queda durante treino do GP da Holanda (Vídeo: MotoGP/DAZN)

Marc Márquez culpou a eletrônica da RC213V pela forte queda que sofreu no início do segundo treino livre para o GP da Holanda. O hexacampeão da MotoGP foi ejetado da Honda ainda nos primeiros minutos da sessão e, além de cair violentamente no asfalto, ainda executou uma série de rolamentos na brita.

Apesar do susto, Marc saiu ileso, mas irritado com o fato de esse tipo de queda acontecer com frequência com os pilotos da Honda.

“Me sinto sortudo por ter saído ileso de uma queda como esta, já que essa é uma daquelas que podem machucar, quando você voa pelos ares”, disse Márquez. “Eu estava pilotando bem até aquele ponto da queda. De manhã, tinha encarado com calma e, de tarde, daria um passo adiante. Estava sendo rápido e não esperava cair naquele ponto”, relatou.

Marc Márquez sofreu forte queda no TL2 (Foto: Reprodução/MotoGP)

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“É uma das curvas em que todos os pilotos da MotoGP vão contra a eletrônica. É a eletrônica que nos livra deste tipo de quedas, a não ser que você incline muito ou faça algum movimento com o corpo que não dê, mas não foi o caso”, indicou. “A roda patinou e nada me parou. A eletrônica não me parou e é aí em que estou pressionando muitíssimo para melhorar para o futuro. Nós, pilotos da Honda, estamos sofrendo muitos high-sides e isso nos tira a confiança, pois você não sabe quando voltará a cair desta maneira. É preciso evitar isso a todo custo, pois é onde o piloto pode se machucar. Foi uma queda parecida com a de Jerez em 2020. Estou tentando trabalhar e entender, dando meus comentários, para que melhorem para o futuro. Esse é um ponto importante se queremos seguir melhorando”, frisou.

Questionado se deu tempo de pensar em alguma coisa enquanto voava, Márquez respondeu: “Foi muito lento. Tentei não derrapar com a roda traseira, sem cortar de tudo a aceleração, pois se você faz isso, normalmente é arremessado pelos ares. Tentei fazer com que o controle de tração atuasse para recuperar a derrapada, mas não funcionou e foi aí que voei”.

“Mais do que quando estava voando, pensei quando estava na brita. Tudo doía um pouco e fui me testando. Primeiro o braço. Depois, a perna, que era o que mais doia. Mas vi que eram só as pancadas. Amanhã vou estar um pouco dolorido, mas, feliz por ter saído ileso. Não terá nenhum problema para o fim de semana”, garantiu.

Marc Márquez apareceu nos boxes da Honda com o macacão apresentando as marcas do acidente (Foto: Reprodução/Honda)

Um jornalista, então, tentou responsabilizar Jenny Anderson, uma especialista em eletrônica que a Honda tirou da KTM. Mas a profissional ganhou a defesa de Marc.

“Em Jerez 2020, Jenny não estava, pois trabalhava na KTM”, frisou. “Estamos dando muitas direções para tentar trabalhar. Sou um piloto que sempre gostou de ter controle no acelerador e a eletrônica dificulta um pouquinho o fato de ser 100% preciso. Ela vê outros problemas e tenta ajudar. Pouco a pouco, estamos formando uma grande equipe entre Jenny e Carlo, que são os eletrônicos do meu lado dos boxes, junto com os japoneses, para melhorar esse tipo de coisa, pois é uma queda que… Às vezes, você cai porque freia mais ou entra mais rápido, o que é um erro humano, mas quedas como a de hoje são as que a eletrônica tem de salvar”, sublinhou.

“Se ninguém pilotasse com eletrônica, os tempos seriam mais lentos, mas, se os outros podem lutar contra a eletrônica e trabalhar bem, nós também temos de buscar uma forma de fazê-lo. A equipe toda está trabalhando na mesma direção”, insistiu.

Por fim, Marc garantiu que não estava irritado, mas pressionou a HRC por melhora.

“Não estou irritado, pois não me irrito com ninguém. Estou preocupado, porque é uma das coisas em nível de segurança que temos de melhorar para os pilotos da Honda”, declarou. “Se melhorarmos, ganhamos confiança e podemos ser mais rápidos. É uma consequência. A HRC está fazendo todo o possível para melhorar, mas alguns pontos nos escapam”, completou.

A largada do GP da Holanda, nona etapa da MotoGP, está marcada para 9h (de Brasília) de domingo. Acompanhe a cobertura do GRANDE PRÊMIO sobre o Mundial de Motovelocidade.

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