Marc Márquez destaca “renúncias” na carreira para voltar a vencer: “Não tinha pressa”
Marc Márquez relembrou o turbulento momento que passou na MotoGP entre 2020 e 2023, com muitas lesões e problemas na Honda. E valorizou o apoio de muitas pessoas do paddock, que o ajudaram a seguir na categoria e encerarar o longo jejum de vitórias
O GP de Aragão tirou um grande peso das costas de Marc Márquez. Depois de exatos 1043 dias, o piloto da Gresini finalmente superou os muitos problemas físicos e voltou a vencer na MotoGP. E não poderia ter sido melhor: domínio nos treinos, pole-position com folga e confortável liderança durante todas as voltas da corrida — além de também ter faturado a sprint, que não entra para as estatísticas.
Após o histórico triunfo correndo em casa, o espanhol desabafou sobre o longo período de jejum na classe rainha do Mundial de Motovelocidade e mostrou-se muito emocionado por novamente estar no topo do pódio depois de diversas lesões e da inesperada saída da Honda no final da última temporada.
“Demorei para dormir no sábado, sabia que tinha uma grande oportunidade e aproveitamos do começo ao fim. Controlamos tudo bem, mas perdi muito a concentração porque a cabeça ia para diversos lugares. A verdade é que comemorei mais alguns pódios este ano do que essa vitória”, afirmou.
“A emoção era diferente e, principalmente, não poderia parar de lembrar de todo mundo me que ajudou neste período. Quando você está em um buraco tão grande, precisa de uma equipe humana e que viva o mesmo que você, isso tenho muita sorte de contar. Me sinto um privilegiado por elos”, acrescentou.
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Márquez viveu um momento turbulento na MotoGP entre o começo de 2020, quando sofreu um grave acidente na abertura da temporada e passou por diversas cirurgias, até o início de 2024. Neste período, chegou a se afastar das pistas e encarou uma Honda em decadência, longe das primeiras posições. Hoje, o espanhol admite que quase desistiu da carreira.
“Chegou um momento no ano passado em que pensei que tinha tudo acabado, que havia passado meu momento. Quando teste na pré-temporada [de 2024] e vi que pouco a pouco recuperava a confiança, fiquei tranquilo. Não tinha pressa, cedo ou tarde teríamos nossas oportunidades. Tivemos no começo do campeonato, mas não soube aproveitar. Agora chegou e precisamos seguir trabalhando essa consistência até os títulos”, disse o hexacampeão da MotoGP.
“Renunciei a muitas coisas, como a equipe da minha vida [Honda] e meus amigos do paddock, que agora estão felizes por mim. Lutei ao máximo e vou seguir assim. Desisti de muitas coisas que pesam muito no meu coração para tentar ficar o máximo de anos possíveis curtindo minha paixão”, finalizou.
A MotoGP volta a acelerar entre 6 e 8 de setembro, com o GP de San Marino e Riviera de Rimini, em Misano, 13ª etapa da temporada 2024. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.
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