Bezzecchi aponta diferenças de time de fábrica e brinca: “Se falar bobagem, será problema”
Marco Bezzecchi se mostrou impressionado com a calorosa acolhida que recebeu na Aprilia e destacou a diferença de trabalhar com uma equipe de fábrica na MotoGP. Italiano destacou o número elevado de pessoas trabalhando dentro da equipe
Marco Bezzecchi mal começou a trabalhar com a Aprilia, mas não passou despercebida a enorme diferença entre as estruturas de equipes de fábrica e elites na MotoGP. O italiano revelou que, logo no primeiro teste, ao retornar aos boxes e se ver cercado por um número maior de técnicos, pensou que teria problemas se falasse “alguma bobagem”.
Bezzecchi passou três anos com a VR46 na MotoGP, mas, a partir de 2025, se junta à Aprilia para formar par com Jorge Martín. Logo no primeiro contato com a equipe, ainda no ano passado, durante o teste pós-temporada de Barcelona, Marco percebeu o cenário diferente.
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“A primeira experiência em uma equipe de fábrica foi muito legal”, disse Bezzecchi. “É uma grande diferença para uma equipe satélite, obviamente. Agora você é o rosto de toda uma marca, então têm centenas de pessoas trabalhando para você e é incrível. Mas a maior diferença é dentro do box. Quando você para, têm muito mais pessoas ao seu redor. Além disso, eu estava um pouco nervoso, pois, quando sentei na minha cadeira, pensei: ‘Ok, agora se eu falar alguma bobagem, será um problema’”, brincou.
“Mas foi muito legal. Além disso, vi quanto trabalho fazem na fábrica e eles realmente tentam te dar tudo que você precisa. Claro, a equipe satélite também tenta te ajudar ao máximo, mas é completamente diferente, pois você tem a fábrica [por trás]”, ponderou.

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Muito embora o acerto com Jorge Martín tenha roubado os holofotes por causa do título da MotoGP, a chegada de Bezzecchi é um sonho antigo da Aprilia. Diretor-executivo da marca, Massimo Rivola tentou contratá-lo em 2020, direto da Moto2.
Na época, Bez recusou a oferta, mas tomou a iniciativa quando Aleix Espargaró decidiu se aposentar.
“No fim de 2020, Massimo me pediu para me juntar à MotoGP, mas, na época, não me senti pronto. Então decidi ficar na Moto2, mas ele me deu uma mão”, comentou. “Aí, ano passado, quando vi que Aleix ia se aposentar, imediatamente disse ao meu agente: ‘Vamos tentar ir para a Aprilia’. Nós queríamos um ao outro, então foi bom, pois Massimo me deu a outra mão! Acho que a Aprilia é uma família especial. Não esperava uma acolhida tão calorosa ontem quando visitei a fábrica. As pessoas olhavam para nós com lágrimas nos olhos, foi muito emocionante”, contou.
“Tomara que possa começar um relacionamento longo com eles e espero que as pessoas gostem, mas especialmente que eu possa ser rápido com essa moto”, comentou.
Ainda que 2024 tenha sido um ano difícil, 2023 foi uma temporada de bastante sucesso, onde o italiano provou o sabor de vencer com uma moto da mesma nacionalidade. Ainda assim, Marco espera que vencer com a Aprilia tenha um sabor diferente.
“Será completamente diferente. No fim, cada corrida é diferente uma da outra. No momento, sinto muito amor das pessoas que trabalham na Aprilia e isso me dá uma boa sensação. Posso respirar um pouco mais”, falou. “Tomara que venha logo. Sei que é difícil. Temos uma meta clara, que é tentar me adaptar rapidamente. Eu com a moto e a equipe e também a equipe comigo”, apontou.
“Não sei que tipo de emoção vou sentir, mas provavelmente vou chorar! É bom chorar quando se está feliz”, encerrou.
A MotoGP volta a acelerar entre 5 e 7 de fevereiro de 2025 para os primeiros testes de pré-temporada, em Sepang, na Malásia. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

