Márquez escolhe cautela na hora ‘H’, mas vai para GP da Argentina como favorito. Pole de Miller promete apimentar disputa

Muito em forma após um teste privado em Jerez de la Frontera, a Honda chegou à Argentina claramente na frente das rivais, mas depois de ‘falhar’ no momento decisivo, Marc Márquez viu o jogo virar um bocado neste sábado (7) em Termas de Río Hondo

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Depois de uma corrida intensamente disputada no Catar, onde a classe rainha viu o top-15 mais apertado de sua história ― com Andrea Dovizioso e Karel Abraham separados por apenas 23s287, a MotoGP caminhava para um cenário diferente na Argentina, a segunda parada da temporada 2018, mas viu o jogo virar neste sábado (7).
 
Vinda de um teste privado em Jerez de la Frontera ― que, segundo consta, focou no trabalho com a eletrônica ―, a Honda desembarcou em Termas de Río Hondo muito superior a concorrência, e parecia que Marc Márquez daria sequência à sua série invicta de poles no traçado. Mas o #93 não contava com a bravura de Jack Miller e muito menos com os problemas que encontrou no momento mais decisivo do fim de semana até aqui.
Jack Miller faturou a pole em Termas de Río Hondo (Foto: Michelin)
Diferente do que aconteceu com Moto3 e Moto2, que tiveram sessões mais atrapalhadas pelo clima instável, a MotoGP pôde contar com uma trégua da chuva, mas o intervalo não foi suficiente para secar completamente o asfalto. Com um trilho seco na pista que fica a 1.046 km da capital Buenos Aires, Miller decidiu arriscar e foi o primeiro a calçar os pneus slicks.
 
Tendo cometido já muitos erros com os calçados de chuva, Márquez chegou a sair dos boxes da Honda com a borracha lisa, mas retornou quase que imediatamente para recuperar os Michelin destinados ao piso molhado. Depois disso, o #93 sequer apareceu como candidato à pole.
 

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Enquanto isso, Álex Rins e Dani Pedrosa, sempre com pneus de chuva, chegaram a tomar a ponta da sessão, mas viram Miller aparecer com um giro de tirar o fôlego para cravar 1min47s153 e tomar a posição de honra do #26 por apenas 0s177.
 
O feito de Miller, único a marcar tempo com os slicks, foi elogiado pelos rivais, que exaltaram a valentia do jovem australiano.
 
“Foi uma volta exagerada”, comentou Dovizioso. “Eu vi nos high-lights e ele correu muitos riscos. Só posso parabenizá-lo. Ele teve coragem de tentar e conseguiu se sair bem. Foi uma obra-prima, também ajudada por seu estilo de pilotagem. Ele é um piloto que usa muito o freio dianteiro e isso ajuda muito”, destacou.
 
O titular da Pramac, aliás, chegou a dizer que foi apenas levado pela moto.
 
“Não fui eu. Eu estava só lá. Quer dizer, nesse momento, eu era um passageiro”, disse, se referindo aos instantes em que esteve próximo de cair. “Quando você está no molhado com pneus slicks, qualquer coisa que você faz, você só tem de se segurar e rezar para chegar do outro lado. E era isso que eu estava fazendo naquele setor”, explicou.
 
Apesar da pole, Miller não pareceu especialmente confiante em brigar pela vitória.
 
“No seco, me sinto forte para lutar pelo pódio. Na chuva, sinto que demos um passo à frente no TL4”, ponderou.
 
Firme e forte durante todo o fim de semana, Márquez ‘falhou’ nesta tarde. Ou melhor, decidiu pela cautela. Algo um tanto incomum para o #93.
Marc Márquez optou pela cautela nesta tarde (Foto: Michelin)
“Hoje foi um dia bem desafiador, mas foi positivo como um todo. A classificação não saiu como esperado, mas não estamos tão longe”, comentou Marc. “Tive um pouco de dificuldade na minha primeira saída com pneus de chuva e não sei o motivo, porque no TL3 e no TL4 eu tive uma boa sensação. Eu decidi tentar os pneus slicks, mas era muito arriscado. Assim que saí dos pits, eu percebi que, se tocasse na parte molhada da pista, o risco de cair era muito grande”, contou. 
 

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“Quando passei pelas curvas sete e oito, comecei a pensar que a pole-position é importante, mas a corrida é amanhã, então voltei”, relatei. “É uma pena não estarmos na primeira fila, mas estou feliz, pois trabalhamos bem neste fim de semana. Ontem, no seco, nós fomos competitivos e fomos rápidos no molhado também. Eu prefiro que a corrida seja no seco, mas também estamos prontos caso chova”, assegurou.
 
Estivesse saindo na pole, Márquez poderia escapar se conseguisse manter a liderança e imprimir um ritmo forte na disputa, mas agora terá de passar por, pelo menos, outros cinco rivais.
 
Líder da MotoGP, Dovizioso teve um sábado melhor do que a sexta-feira, mas ainda longe do ideal.
 
“Foi um sábado produtivo. Conseguimos ficar calmos depois do resultado de ontem”, lembrou. “As condições eram muito difíceis, mas não uma verdadeira e própria água. Nós estávamos rodando meio com chuva e meio no seco”, apontou. 
 
“No molhado, fomos fortes. No seco, é mais um ponto de interrogação”, resumiu. “Vai ser uma corrida difícil. Temos muitas coisas para controlar”, previu.
 
Do lado da Yamaha, a preocupação é por uma prova em condições mistas, já que Maverick Viñales e Valentino Rossi entendem que a YZR-M1 não consegue ter um bom desempenho em um cenário como esses.
 
“Como no ano passado, a nossa moto não funciona bem no molhado. Os rivais estão um passo à frente e temos que pedir que a Yamaha tente evoluir um pouco mais para que possamos lutar pelo título”, cobrou o #25. “No geral, temos de melhorar na chuva. Quando isso for resolvido, com certeza vamos melhorar no seco. Mas, no momento, é isso que temos e temos de tirar 100%”, continuou.
Valentino Rossi e Maverick Viñales torcem por corrida em condições bem definidas (Foto: Yamaha)
Rossi, por sua vez, não escondeu a decepção com o resultado obtido na classificação. O italiano vai largar só em 11º.
 
“Com certeza, estou muito desiludido. Não é uma boa posição de largada para a corrida. Nestas situações mistas, nós sofremos muitos. Mas para mim, pessoalmente, os pneus são muito macios e me custa muito, tanto na dianteira quanto na traseira. A moto começa a bloquear e eu não posso pilotar ao limite”, relatou Rossi. “Temos de ver as condições de amanhã. No seco, não estou mal, e, com tudo molhado, não estamos fantásticos, mas não estamos mal de tudo. Acho que amanhã será misto e essas são as piores condições que podemos ter, porque sofremos muito e não conseguimos ser rápidos”, reconheceu.
 
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