MotoGP decide correr na Europa até meados de novembro e cancela GP do Japão

A Dorna, promotora do Mundial de Motovelocidade, anunciou nesta segunda-feira (1) o cancelamento do GP do Japão. Assim, já são sete as etapas cortadas do calendário em decorrência da pandemia do novo coronavírus

O GP do Japão é mais uma baixa na temporada 2020 da MotoGP. A Dorna, promotora do Mundial de Motovelocidade, anunciou nesta segunda-feira (1) que a corrida em Motegi não vai acontecer neste ano por conta da imprevisibilidade da pandemia do novo coronavírus.

Assim, já são sete etapas canceladas neste ano. Antes do GP do Japão, já tinham sido cortadas as etapas de Catar ― apenas para a classe rainha ―, Alemanha, Holanda, Finlândia, Grã-Bretanha e Austrália. Outras sete provas também já foram adiadas: Tailândia, Austin, Argentina, Espanha, França, Itália e Catalunha.

MotoGP 2019 Japão Motegi
Motegi volta ao calendário em 2021 (Foto: Repsol)
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A MotoGP ainda não conseguiu anunciar um calendário definitivo para este ano, mas a expectativa é começar o campeonato em 19 de julho com o GP da Espanha e, na semana seguinte, realizar o GP de Andaluzia, ambos em Jerez de la Frontera. O governo da Espanha, porém, ainda tem de aprovar a ideia.

“A Mobilityland estava preparando o GP do Japão deste ano, no entanto, a situação no Japão e na Europa é imprevisível e a extensão do veto a viagens internacionais é esperada. Como resultado das nossas conversas com a Dorna, o órgão gestor da categoria, nós concordamos que não temos escolha a não ser cancelar o GP para poder completar a temporada”, disse Kaoru Tanaka, presidente da Mobilityland Corportion, a promotora da prova. “Entendemos que isso é uma grande decepção para os fãs e todas as partes envolvidas. Agradecemos a sua compreensão”, completou.

Diretor-executivo da Dorna, Carmelo Ezpeleta explicou que a decisão sobre as provas fora da Europa será tomada de forma tardia, o que impede a realização da corrida em Motegi.

“É com grande tristeza que anunciamos o cancelamento do GP do Japão no bastante único circuito de Motegi, o que significa que não teremos o GP do Japão no calendário pela primeira vez desde 1986”, declarou o dirigente espanhol. “A família da MotoGP está trabalhando muito duro para poder reiniciar a temporada de corridas e realizar o maio número de eventos possível e da maneira mais segura possível. Por esta razão, a FIM (Federação Internacional de Motociclismo) e a Dorna, em consulta com a IRTA (Associação Internacional das Equipes de Corrida) e a MSMA (Associação das Fábricas de Motocicletas Esportivas), decidiram que, até meados de novembro, a MotoGP vai seguir na Europa para fazer o máximo de corridas europeias possível que pudermos. Por tanto, os eventos fora do continente, se forem possíveis, serão agendados depois de meados de novembro ― o que seria muito tarde para realizar o GP do Japão”, justificou.

“Por esta razão, foi decidido, em acordo com a Mobilityland, que o GP do Japão não pode acontecer em 2020. Agradeço muito à Mobilityland pelo apoio dado à MotoGP”, falou. “Em nome da Dorna, também gostaria de agradecer aos fãs pela compreensão e paciência enquanto esperamos a situação melhorar. Nós estamos ansiosos para voltar a Motegi no ano que vem”, concluiu.

Casa de Honda, Yamaha e Suzuki, o Japão é um dos mercados chave para a indústria e já foi palco de 33 GPs entre 1987 e 2019, 17 em Motegi e 16 em Suzuka.

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