MotoGP indica redução de corridas na Espanha a partir de 2027: “Duas ou três canceladas”
Carmelo Ezpeleta, chefe da Dorna e quem gerencia as operações da MotoGP, admitiu que a categoria pode deixar algumas corridas na Espanha para desbravar outros países no futuro próximo
A MotoGP já está pensando no futuro e nas complicações de montar o calendário dos próximos anos. Com 22 provas no cronograma atual e a entrada da etapa brasileira a partir de 2026, a Dorna — detentora dos direitos comerciais do Mundial de Motovelocidade — quebra a cabeça para abrigar diversos países e pode tirar algumas corridas na Espanha.
Atualmente, a Espanha recebe a MotoGP em quatro oportunidades: Jerez, Barcelona, Aragão e Valência. O vizinho Portugal também possui uma etapa, em Portimão. Para Carmelo Ezpeleta, diretor da Dorna, a categoria deve seguir com essas opções para 2026, mas para o ano seguinte deve reduzir as opções para apenas duas provas na Península Ibérica.
No início deste ano, Barcelona renovou o contrato com o Mundial de Motovelocidade e vai sediar o GP da Catalunha até a temporada 2031. O traçado de Montmeló faz parte do calendário da categoria desde 1992 e foi palco da decisão da MotoGP no ano passado, quando Jorge Martín acabou coroado campeão pela primeira vez. Por conta da ampliação do acordo, está fora dos cortes planejados pela Dorna.
“Tudo está acertado até 2026. Todos esses locais possuem contrato. A redução não será possível até 2027, pelo menos. Reconhecemos que é complicado, mas Barcelona não vai fazer parte dessa rotação”, disse o dirigente.

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“Neste momento, temos 28 pistas que querem receber corridas da MotoGP, mas só podemos receber 22. Claro, precisa ser tudo bem organizado e uma pista segura. E precisamos ver também adiciona valor, algo ainda maior do que apenas o evento esportivo”, acrescentou Ezpeleta.
“Quando a Dorna assumiu o Mundial, eram apenas três corridas fora da Europa, mas aumentamos esse número. No próximo ano, vamos para o Brasil, um mercado crucial. Precisamos ter certeza que essas corridas serão um marketing para as montadoras venderem mais motos, esse é o sentido. No fim, não é sobre as corridas canceladas, mas quais serão adicionadas. A ideia é que duas ou três na Península Ibérica sejam canceladas”, concluiu.
A MotoGP agora volta às pistas apenas para a abertura da temporada 2025, que acontece entre os dias 28 de fevereiro e 2 de março, com o GP da Tailândia, em Buriram. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

