Mulheres promovem ‘Revolução Feminina’ no motociclismo e rejeitam Mundial só de pilotas
Primeira mulher a pontuar na classe intermediária do Mundial de Motovelocidade, Katja Poensgen sugeriu a criação de um Mundial Feminino. Pilotas que buscam espaço nas categorias dominadas por homens, no entanto, rejeitam a ideia e preferem competir com os melhores do mundo
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A luta pela igualdade de direitos entre homens e mulheres não é um fato recente na história da humanidade. Os primeiros sinais do movimento feminista surgiram ainda no século XIX, quando, inspiradas pelos ideais da Revolução Francesa – Liberdade, Igualdade e Fraternidade – as mulheres começaram a lutar por seus direitos políticos e sociais.
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Assim como aconteceu na sociedade, a entrada das mulheres no mundo dos esportes também precisou de luta. No motociclismo, as coisas não são diferentes. Oficialmente, não existe uma barreira que impeça a participação de pilotas, mas as competidoras convivem com dúvidas sobre sua capacidade e, mais recentemente, com a ideia da criação de um Mundial Feminino.
Katja Poensgen, a primeira mulher a pontuar no Mundial de Motovelocidade, propôs, durante um encontro promovido pela FIM (Federação Internacional de Motociclismo), a criação de Mundial exclusivo para mulheres. No entender da pilota, a fórmula permitiria que as mulheres realizassem o sonho de serem campeãs.
Elena Myers, que entrou para a história do motociclismo norte-americano como a primeira mulher a vencer na categoria local de Superbike, rejeita a ideia e diz preferir não ter o título de Campeã Mundial do que competir em uma categoria só de mulheres. “Eu, pessoalmente, preferiria nunca ser campeã mundial e dar tudo de mim, do que correr apenas com mulheres e ser campeã mundial”, defendeu. “Sim, as mulheres poderiam ser campeãs mundiais se tivessem uma categoria para elas, claro, mas não seriam as melhores do mundo”, alegou.
María Herrera, jovem pilota do Campeonato Espanhol de Velocidade que conta com o apoio da gigante Repsol, concorda e afirma que um campeonato único seria uma forma de discriminação. “Criar um campeonato só para mulheres seria diferenciar as mulheres dos homens”, opinou. “Acho que essa mudança baixaria o nível da competição”, completou.
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